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05 abril 2024

31 março 2024

Páscoa: a ressurreição do Verbo (vídeos)

 

(https://www.youtube.com/watch?v=N6cRmlIuk7M)

Instagram:

https://www.instagram.com/p/C5DdMmqu9t1/

https://www.instagram.com/reel/C5JI0O_Orxh/

 *Vídeos baseados no texto "Páscoa: a ressurreição do Verbo"

 *Gratidão a Deus por ter usado a instrumentalidade do amigo e irmão Higor Cayo, na gravação e edição destes vídeos.

Uma páscoa abençoada a todos.
Glória somente a Deus por tudo!

 

29 março 2024

Páscoa: a ressurreição do Verbo

Como foi a última páscoa de Jesus, o "Cordeiro pascal" (1Co 5:7):

29Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles? 30E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora? 31Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em vós outros, em Cristo Jesus, nosso Senhor. 32Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos.33Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. 34Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa.” (1Coríntios 15:29–34)

*Referências:     

- “Em defesa de Cristo” (“The case for Christ”), Lee Strobel.

- “On the Physical Death of Jesus Christ”, Journal of American Medical Association (JAMA), 1986.

- “Quando tomados em conjunto certos fatos - o extenso e precoce testemunho de ambos os proponentes e oponentes cristãos, e sua aceitação universal de Jesus como uma verdadeira figura histórica, a ética dos escritores do evangelho e o pequeno intervalo de tempo entre os eventos e os manuscritos existentes, e a confirmação dos relatos do evangelho por historiadores e achados arqueológicos - isso garante um testemunho confiável a partir do qual uma moderna interpretação médica da morte de Jesus pode ser feita.” (JAMA)

- PÁSCOA (em Jerusalém):

- “E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa [pascha], antes do meu sofrimento [paschō]” (Lc 22:15).

- Depois da Última Ceia na Páscoa com os seus discípulos em Jerusalém, eles viajavam para o “Monte das Oliveiras” (Getsêmani).

- No Gethsemane (“lagar de azeite”, em aramaico), Lucas (médico) registra que Jesus sofreu hematidrose (ou hemohidrose). Fenômeno raro  de sangue no suor, como resultado de uma hemorragia de veias capilares nas glândulas sudoríparas, tornando a pele frágil. A perda de sangue deve ter sido mínima, mas numa noite fria (jardim/monte das oliveiras), deve ter causado arrepios/calafrios no Senhor Jesus.

- “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça com óleo; o meu cálice transborda.” (Sl 23:5)

- JULGAMENTOS:

- Jesus foi preso no Getsêmani, e levado a Anás e a Caifás (sumo sacerdote daquele ano), para o julgamento judeu perante o Sinédrio, e foi considerado culpado de “blasfêmia”. Os guardas vendaram Jesus, cuspiram nele e o atingiram no rosto com os punhos: “vendando-lhe os olhos, diziam: Profetiza-nos: quem é que te bateu?” (Lc 22:64)

- Incredulidade (pecado):“Se tu és o Cristo, dize-nos. Então, Jesus lhes respondeu: Se vo-lo disser, não o acreditareis; também, se vos perguntar, de nenhum modo me respondereis” (Lc 22:67-68)

- Jesus foi levado para o Pretório na Fortaleza Antônia, a residência de Pôncio Pilatos, o governador da província romana da Judéia. Contudo, Jesus não foi apresentado a Pôncio Pilatos como um blasfemo, mas como um auto-declarado rei (Acusação de Sedição), que iria ameaçar a autoridade romana. Pilatos não fez acusações contra Jesus, e o enviou a Herodes Antipas (tetrarca da Judéia), que também não fez acusações formais contra Jesus, e o devolve para Pilatos. Apesar de Pilatos não encontrar motivos para acusar Jesus, o povo demandava pela sua crucificação, e Pilatos finalmente os atendeu, entregando Jesus para ser açoitado (na “flagelação”) e crucificado.

- FLAGELAÇÃO:

- O açoitamento era uma pena legal preliminar para toda execução romana, e apenas mulheres e senadores ou soldados romanos (exceto em casos de deserção) eram isentos. O instrumento usual era um chicote curto (flagelo ou “flagellum”), com várias tiras (de comprimentos variáveis) de couro trançado, nas quais pequenas bolas de ferro ou pedaços afiados de ossos de ovelhas eram amarrados em intervalos. O objetivo era enfraquecer a vítima para um estado físico pouco antes do colapso ou da morte. Após o flagelação, os soldados frequentemente insultavam a vítima.

- À medida que o açoitamento continuava, as bolas de ferro causavam contusões profundas e as tiras de couro e ossos de ovelha cortavam a pele e os tecidos subcutâneos. As lacerações rasgavam os músculos esqueléticos subjacentes, produzindo tiras trêmulas de carne sangrando.

- Jesus foi severamente agredido (açoitado) no Pretório. Os soldados romanos, divertidos com o fato desse homem enfraquecido ter reivindicado ser rei, zombaram dele, colocando uma túnica nos ombros, uma coroa de espinhos na cabeça e um bastão de madeira (caniço), como se fosse um cetro na mão direita. E então, cuspiram em Jesus e o atingiram na cabeça com o bastão de madeira (Mt 27:27-31).

“Não quebrará o caniço rachado, não apagará o pavio fumegante”(Mt 12:20 - NVI; Is 42:3)

- CRUCIFICAÇÃO:

- É provável que a prática da crucificação começou entre os persas. Alexandre, o Grande, introduziu a prática no Egito e em Cartago, e os romanos parecem ter aprendido com os cartagineses. Em sua forma primitiva, na Pérsia, a vítima era amarrada a uma árvore ou empalada em um poste vertical, geralmente para impedir que os pés da vítima culpada tocassem o solo sagrado. “Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa” (Êx 3:5)

- Os Romanos não “inventaram” a crucificação, mas a aperfeiçoaram como uma forma de tortura e pena de morte brutal, projetada para ser lenta e com o máximo de dor e sofrimento.

- A crucificação era um dos métodos mais vergonhosos e cruéis de execução, normalmente reservado apenas para escravos, estrangeiros, revolucionários e os mais vis dos criminosos. A lei romana geralmente protegia os cidadãos romanos da crucificação, exceto talvez no caso de deserção pelos soldados.

- O Titulus da rendição (condenação) de Jesus, com nome e crime: “Jesus de Nazaré, rei dos judeus” (escrito em hebraico, latim, grego - Jo 19:20).

- Era habitual que o condenado carregasse sua própria cruz do local do açoitamento até o local da crucificação, fora da cidade.

- Como o peso da cruz inteira era provavelmente mais de 136 kg (300 lb), apenas a barra horizontal era transportada. O patíbulo, pesando 34 a 57 kg (75 a 125 lb) era colocado na nuca da vítima e equilibrado ao longo dos dois ombros. Geralmente, os braços estendidos eram amarrados à trave.

- Fora das muralhas da cidade ficava permanentemente as pesadas estacas de madeira verticais, nas quais o patíbulo seria fixado. No caso da Cruz Tau (T), isso seria realizado por meio de uma junta de encaixe, com ou sem reforço de cordas.

- No local da execução, por lei, a vítima recebia uma bebida amarga de vinho misturada com mirra (fel), para servir como um analgésico moderado (não por misericórdia, para para prolongar o “espetáculo”). A bebida servia para suportar a dor, mas Jesus não tomou (Mc 15:23).

- O condenado era então jogado no chão de costas, com os braços estendidos ao longo do patíbulo. As mãos eram pregadas ou amarradas à trave (patíbulo).

Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei” (Tomé – Dídimo, Jo 20:25).

- Os restos arqueológicos de um corpo crucificado, encontrados em um ossuário perto de Jerusalém e datando da época de Cristo, indicam que os pregos eram espigões de ferro cônico de aproximadamente 13 a 18 cm (5 a 7 polegadas) de comprimento, com um eixo quadrado de 1 cm (3/8 de polegada) de diâmetro. [Ponteira/Talhadeira]


- Os soldados e a multidão civil frequentemente insultavam e zombavam do condenado, e os soldados costumavam dividir as roupas do condenado entre si: “Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes” Mt 27:35; Mc 15:24; Lc 23:34; Jo 19:24 à Sl 22:18

- O tempo de sobrevivência do condenado na cruz era tipicamente de poucas horas, dependendo da gravidade da flagelação/açoitamento.

- Mesmo que a flagelação/açoitamento fosse “moderado”, os soldados romanos poderiam acelerar a morte quebrando as pernas abaixo dos joelhos (crucifratura).

- Não era incomum que insetos pousassem nas feridas abertas ou nos olhos, ouvidos e nariz da vítima moribunda, e as aves de rapina rasgassem essas feridas. Além disso, era costume deixar o cadáver na cruz para ser devorado por animais predadores. No entanto, pela lei romana, a família dos condenados poderia levar o corpo para o sepultamento, após obter permissão do juiz romano.

- Para garantir que o condenado não sobrevivesse à crucificação, o corpo não era liberado para a família até que os soldados tivessem certeza da sua morte. Para garantir a morte na cruz, um dos soldados romanos perfurava o corpo com uma espada ou lança. Tradicionalmente, era desferido um golpe de lança no coração pelo lado direito do peito (“sangue e água”, derrame do pericárdio) - uma ferida fatal provavelmente ensinada à maioria dos soldados romanos.

- Com o conhecimento da anatomia e da crucificação, pode-se investigar os prováveis aspectos médicos dessa forma de execução lenta. Aparentemente, cada ferida tinha a intenção de produzir intensa agonia, e as causas físicas da morte eram inúmeras.

- ASFIXIA (na Cruz):

- Para a expiração adequada, seria necessário levantar o corpo, empurrando os pés, flexionando os cotovelos e aduzindo os ombros. Essa manobra colocaria todo o peso do corpo nos tarsos e produziria dores abrasadoras. A flexão dos cotovelos causaria rotação dos pulsos em torno dos pregos de ferro, e causaria dores ardentes ao longo dos nervos medianos danificados. A elevação do corpo também esfregaria dolorosamente as costas açoitadas contra a madeira áspera da estaca. Cãibras musculares e parestesias dos braços estendidos e erguidos aumentariam o desconforto.

- Como resultado, cada esforço respiratório se tornaria agonizante e cansativo, levando eventualmente à asfixia. Por isso, a crucifratura poderia provocar morte em minutos.

- O Verbo verbalizando dolorosamente na cruz:

- Cristo, o Verbo (Logos, João 1:1), verbalizou 7 vezes na cruz.

- Como o ato de falar ocorre durante a expiração, isto deve ter sido particularmente difícil e doloroso para o Senhor Jesus:

1) “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34)

2) “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43)

3) “Mulher, eis aí teu filho... Eis aí tua mãe” (Jo 19:26-27)

4)Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27:46; Sl 22:1). “Eloí” (Mc 15:34). *aramaico*

5) “Tenho sede!” (Jo 19:28; Sl 69:21)

6) “Está consumado!” (“Tetelestai”, Jo 19:30)

7) “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lc 23:46; Sl 31:5)

- Permanece incerto se Jesus morreu de ruptura cardíaca ou de insuficiência cardiorrespiratória.

É impossível fazer “exumação” do cadáver, pois O SENHOR VIVE!

[Manjedoura vazia, Túmulo vazio, Trono cheio (repleto) da glória de Deus!]

- “Claramente, o peso das evidências históricas e médicas indica que Jesus estava morto antes que a ferida ao seu lado fosse infligida e apoia a visão tradicional de que a lança, enfiada entre as costelas, provavelmente perfurou não apenas o pulmão direito, mas também o pericárdio e o coração e, assim, garantiu sua morte.” (JAMA)

O sofrimento vicário do Servo do SENHOR”, Isaías 52:13 a 53:12

- “Um dom inefável” (pr. Stephen Yuille)

“O Infinito tornou-se finito. O Criador se tornou uma criatura. Ele (que fez todas as coisas a partir do nada) nasceu de uma mulher. Ele (a quem os céus não podem conter) estava contido no pequeno útero de uma mulher. O pão da vida estava com fome. A água da vida estava com sede. A maior descanso estava cansado. A maior alegria estava triste. A maior fúria e o maior favor se encontraram na cruz. O maior ódio e o maior amor se manifestaram na cruz. Infinita justiça foi satisfeita e infinita misericórdia foi garantida na cruz. Estamos enriquecidos por Sua pobreza, preenchidos por Seu vazio, exaltados por Sua desgraça, curados por Suas feridas, confortados por Sua dor, e justificados por Sua condenação. Graças a Deus pelo seu dom inefável!’ (2Co 9:15)”