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22 fevereiro 2013

Perdoado perdoando

Os perdoados precisam seguir perdoando...

Perdoado perdoando

Apesar de não merecermos, precisamos urgente e demasiadamente da mercê, do favor de Deus no perdão, e podemos recebê-lo através da fé em Jesus Cristo e do arrependimento honesto de nossas transgressões e pecados.
O Deus Vivo e Eterno, Justo e Misericordioso, dá o maior exemplo de ato de perdão. Ele nos ensina o perdão não apenas com palavras, como na Oração do Senhor (Mateus 6:12) e através de parábolas, mas também com exemplos nos relatos Bíblicos (exemplo, Marcos 2:1-10), além do sublime e misericordioso ato definitivo de expiação dos nossos pecados pelo Cordeiro de Deus, na cruz do calvário.
Respondendo à pergunta do Apóstolo Pedro, o Senhor nos ensina a perdoar não apenas “sete” vezes, mas “setenta vezes sete” (Mateus 18:21-22). Na sequência imediata deste texto, o Senhor continua ensinando sobre o perdão, usando a parábola do credor incompassivo (Mateus 18:23-35). Nesta parábola, um servo que é perdoado (por seu rei) de uma dívida assustadoramente impagável de 10 mil talentos (ou cerca de 340 toneladas de prata ou ouro), imediatamente após isso, não consegue perdoar seu conservo de uma dívida de 100 denários (moedas que correspondiam a 100 dias de trabalho). Como existe a estimativa de um talento ser equivalente a 6 mil denários, a proporção da dívida que o servo não perdoou ao seu conservo, em relação à dívida pela qual ele foi perdoado por seu rei, é de 1 para 600 mil. Em outras palavras, era como se o servo tivesse que trabalhar cerca de 600 mil dias (ou cerca de 1643 anos) para pagar a dívida diante do seu rei, em comparação a um dia de trabalho que o seu conservo lhe devia, proporcionalmente.
O Senhor Jesus ensina aos seus discípulos: “se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe” (Lucas 17:3-4).
Graças Te damos, Senhor, por Tua Graça Soberana, pela qual somos perdoados no ato redentivo do Messias Ungido de Nazaré, nosso Salvador.
E, como perdoados, precisamos aprender a seguir perdoando. O nível de dificuldade da tarefa de perdoar só se iguala ao grau de necessidade desta prática, para vivermos em comunhão com o Senhor e com nosso “próximo” (Mateus 22:36-40).
Precisamos, ainda, lembrar das palavras de Jesus no martírio da cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabe o que fazem” (Lucas 23:34). Glória a Ti, Senhor! Amém.