"... o sentimento da divindade foi naturalmente impresso no coração dos homens, uma vez que a necessidade extrai sua confissão até dos próprios réprobos. Enquanto tudo está tranquilo, zombam de Deus, ou melhor, são mordazes e loquazes em enfraquecer seu poder; se algum desespero os aflige, estimula-os a buscá-lo e a ditar pequenas preces, pelas quais fica evidente que não desconheciam inteiramente a Deus, mas que o que devia manifestar-se antes foi suprimido pela malícia e rebeldia."
(João Calvino, Livro 1, Capítulo IV, parágrafo 4)
"... Mas, porque a maioria, imiscuída em seus erros, está cega a um cenário tão grandioso, exclama o profeta que é de rara e singular sabedoria examinar com prudência essas obras de Deus, de cuja visão nada progridem aqueles que sob outros aspectos são muito sagazes. Decerto, por mais que brilhe a glória de Deus, de cem, um será seu verdadeiro espectador."
(João Calvino, Livro 1, Capítulo V, parágrafo 8)