(Populus tremula)
(tremonha de moinho)
“Por que estás abatida, ó minha alma?
Por que te perturbas dentro de mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei,
a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Sl 42)
Por que te perturbas dentro de mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei,
a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Sl 42)
No Salmo 42, é possível notar que o mesmo texto pode ser encontrado nos versos 5 e 11. Segundo os estudiosos, trata-se de um refrão neste “salmo didático” (maskiyl: cântico ou poema de contemplação) dos filhos de Corá.
Na versão da Bíblia em inglês (ESV - English Standard Version), chama a atenção uma curiosa palavra que é traduzida na versão em português (ARA - Almeida Revista e Atualizada) por “te perturbas”, nestes versos 5 e 11 do Salmo 42. Trata-se da palavra “turmoil”, que pode assumir vários significados, dentre eles, “tumulto, agitação, turbulência, turbilhão, desordem, perturbação, crise, tempestade, caos”, porém sempre relacionados com a ideia de “instabilidade”.
No original (hebraico), a palavra “turmoil” pode ter os seguintes significados: “murmurar, rosnar, rugir, chorar em alta voz, lamentar, enfurecer, soar, fazer barulho, tumultuar, ser clamoroso, ser inquieto, ser barulhento, ser movido, ser perturbado, estar em alvoroço”.
A etimologia (origem) da palavra “turmoil” também é bastante interessante, pois é provável que tenha surgido no século XVI, talvez como uma alteração do francês tremouille, que significa “tremonha de moinho”. Por sua vez, a palavra tremouille é proveniente do occitano tremolha, que é o nome de uma aldeia localizada na região da Occitânia (que engloba principalmente o sul da França), conhecida pela presença de muitos álamos (árvores do grupo dos choupos). Uma das espécies mais conhecidas é o Populus tremula, popularmente chamada de “choupo-tremedor”, sendo nativa de regiões frias e temperadas da Europa, possuindo porte médio (10 a 25m de altura e tronco de até 1m de diâmetro), e com a marcante característica (que inclusive está relacionada ao seu nome científico) de possuir um pecíolo (talo que prende a folha ao galho) plano, que faz com que estas árvores estremeçam (balançando suas folhas e galhos) até mesmo com brisas bem leves.
Portanto, parece que um dos propósitos do salmista, inspirado pelo Espírito Santo ao usar o recurso didático de perguntar para sua própria alma “Por que estás abatida?”, é nos ensinar a não “se perturbar” (“turmoil”) ou “se agitar” tão facilmente (como uma tremonha de moinho ou um álamo), quer seja com uma “brisa leve”, ou quer seja com um “vento forte” de provação ou tribulação.
No original (hebraico), a palavra “turmoil” pode ter os seguintes significados: “murmurar, rosnar, rugir, chorar em alta voz, lamentar, enfurecer, soar, fazer barulho, tumultuar, ser clamoroso, ser inquieto, ser barulhento, ser movido, ser perturbado, estar em alvoroço”.
A etimologia (origem) da palavra “turmoil” também é bastante interessante, pois é provável que tenha surgido no século XVI, talvez como uma alteração do francês tremouille, que significa “tremonha de moinho”. Por sua vez, a palavra tremouille é proveniente do occitano tremolha, que é o nome de uma aldeia localizada na região da Occitânia (que engloba principalmente o sul da França), conhecida pela presença de muitos álamos (árvores do grupo dos choupos). Uma das espécies mais conhecidas é o Populus tremula, popularmente chamada de “choupo-tremedor”, sendo nativa de regiões frias e temperadas da Europa, possuindo porte médio (10 a 25m de altura e tronco de até 1m de diâmetro), e com a marcante característica (que inclusive está relacionada ao seu nome científico) de possuir um pecíolo (talo que prende a folha ao galho) plano, que faz com que estas árvores estremeçam (balançando suas folhas e galhos) até mesmo com brisas bem leves.
Portanto, parece que um dos propósitos do salmista, inspirado pelo Espírito Santo ao usar o recurso didático de perguntar para sua própria alma “Por que estás abatida?”, é nos ensinar a não “se perturbar” (“turmoil”) ou “se agitar” tão facilmente (como uma tremonha de moinho ou um álamo), quer seja com uma “brisa leve”, ou quer seja com um “vento forte” de provação ou tribulação.
Outros textos bíblicos (ver Lamentações 3:19-25) também nos ensinam que é mesmo um bom exercício para a nossa alma, frágil e acanhada como de costume, lembrar a si mesma como ela se assusta, se perturba ou estremece diante dos desafios da vida, mesmo que eles pareçam “furacões/tufões/tornados assustadores”, mas na verdade possam ser, de fato, apenas “brisas leves” disfarçadas pelo teatro enganoso deste mundo.
Ao invés de “se perturbar”, o salmista nos ensina o caminho: “Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”.
Glória somente a Deus por sua entranhável misericórdia!