(Prêmio Nobel em Física, 1933)
"Eu estou muito atônito em perceber que a visão científica do mundo real à minha volta é muito deficiente. Ela dá um monte de informações factuais, coloca toda a nossa experiência numa ordem magnificamente consistente, mas é assustadoramente silenciosa sobre toda a diversidade que está muito perto do nosso coração, o que realmente importa para nós. Ela não pode nos dizer uma palavra sobre o vermelho e o azul, amargo e doce, dor física e prazer físico; não saber nada sobre belo e feio, bom ou mau, Deus e eternidade.
A ciência às vezes pretende responder perguntas nestes domínios, mas as respostas são muitas vezes tão tolas que não estamos dispostos a levá-las a sério."
"De onde eu vim, para onde eu vou? A ciência não pode nos dizer uma palavra sobre porque a música nos encanta, e como uma velha canção pode nos levar às lágrimas.
A ciência é reticente demais quando se trata da grande unidade - o Uno de Parmênides – do qual todos nós, de alguma maneira, fazemos parte, ao qual pertencemos. O nome mais popular para isto em nosso tempo é Deus - com 'D' maiúsculo.
De onde eu vim, para onde eu vou? Essa é a grande questão insondável, o mesmo para cada um de nós. A ciência não tem resposta para ela."
(Erwin Schrödinger, 'Nature and the Greeks' and 'Science and Humanism', Cambridge University Press, 1996).