"O coração da religião de Paulo é a união com Cristo. Isto, mais do que qualquer outra concepção. Mais do que a justificação, a santificação, mais até do que a reconciliação. É a chave que abre os segredos da sua alma. Dentro do Santo dos Santos, que foi revelado quando o véu se rasgou em dois, de alto a baixo, no dia de Damasco, Paulo contemplou Cristo convocando-o e acolhendo-o em amor infinito, através de uma união vital com Ele. Se alguém procura pelas frases mais características que o apóstolo já escreveu, elas serão encontradas, não onde ele está refutando os legalistas, ou justificando o seu apostolado, ou meditando sobre esperanças escatológicas, ou dando orientação éticas práticas para a Igreja, mas onde a sua intensa intimidade com Cristo é expressa. Tudo o que a religião significava para Paulo se concentra para nós em tão grandes palavras como estas: 'logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim' (Gálatas 2:20a). 'Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus' (Romanos 8:1). 'Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele' (1 Coríntios 6:17)."
(James S. Stewart, "A Man in Christ: The Vital Elements of Paul's Religion")