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12 maio 2014

Apologética edificante 2

“Um argumento não precisa ser aceito por todos, a fim de que ele seja conclusivo. Há uma diferença entre prova e persuasão. Você pode provar alguma coisa, embora não tenha persuadido o seu adversário. Pessoas não são completamente racionais. Há outras coisas que afetam o comportamento, a atitude e as respostas verbais de pessoas, além do fato de ver ou querer ver a verdade ou não. A Bíblia nos diz que as pessoas são espiritualmente cegas e têm duros corações. Hipoteticamente, podemos defender a Palavra de Deus perfeitamente, e se a pessoa continua cega, ela não vai dizer "Oh, você está certo!". Deus precisa mudar o coração das pessoas. Não é o nosso trabalho converter as pessoas, mas é o trabalho do Espírito Santo. O nosso trabalho é fechar a boca das pessoas e o trabalho do Espírito Santo é abrir seus corações. Se você pode mostrar que elas não têm nada a dizer contra a fé ou mostrar que o que elas estão oferecendo pode ser reduzido ao absurdo, você tem feito o seu trabalho. Você defendeu a fé. Pressuposicionalistas deve ser as mais humildes de todas as pessoas, porque uma vez que reduzimos nosso oponente ao absurdo, nós precisamos dizer que a única coisa que lhe pode dar nova vida é o amor e a graça de Deus.”
(Greg L. Bahnsen, “Defending the Christian Worldview Against All Opposition (Vol. 2): 5. Proof or Persuasion”)

“O motivo pelo qual os cristãos são colocados na posição de apresentar a razão da esperança que neles há é que nem todos os homens têm fé. Porque há um mundo a ser evangelizado (homens que não são convertidos), há a necessidade de que o crente defenda sua fé: evangelismo conduz naturalmente à apologética. Isso indica que apologética não é mera questão de “duelo intelectual”; é uma séria questão de vida e morte — vida e morte eterna. O apologeta que falha em perceber a natureza evangelística de sua argumentação é cruel e arrogante. Cruel porque ignora a principal carência de seu oponente, e arrogante porque está mais preocupado em demonstrar que ele não é um tolo acadêmico do que em mostrar que toda glória pertence ao gracioso Deus de toda a verdade. Evangelismo nos faz lembrar quem somos (pecadores salvos pela graça) e do que carecem nossos oponentes (conversão de coração, não apenas proposições modificadas). Acredito, portanto, que a natureza evangelística da apologética nos indica a necessidade de adotar uma defesa pressuposicional da fé. Em contraste a essa abordagem se colocam os vários sistemas de argumentação autônoma neutra.”
(Greg L. Bahnsen, “Evangelismo e Apologética”, tradução de S. O. Almeida)