pequeno ou GRANDE?
“Aquele que afirma ser cético em relação a um conjunto específico de crenças é, na verdade, um verdadeiro crente em outro conjunto de crenças.” (Phillip E. Johnson)
Assisti recentemente a um vídeo na internet, que circulou bastante por mostrar a resposta de um popular astrofísico para uma criança de 6 anos, durante uma palestra, que lhe dirigiu a seguinte pergunta: "Qual o propósito ou o sentido da vida?". Sem dúvida nenhuma, uma pergunta central da teleologia, que vem ocupando as mentes de homens muito brilhantes ao longo dos séculos, e que também pode estar na mente de uma criança de apenas 6 anos de idade. Essencialmente, a resposta do conhecido astrofísico, de acordo com a sua cosmovisão notoriamente humanista, materialista e ateísta, foi que o ser humano não precisa ter necessariamente um propósito externo para a sua vida, mas ele mesmo pode criar, estabelecer ou fabricar o propósito ou o objetivo para a sua própria vida.
O homem é pequeno quando comparado com a imensidão do cosmos, diz um cético astrofísico de cosmovisão materialista e reducionista, tipicamente um ateu. Segundo tal cético, o ser humano não vai muito além de ser uma poeira cósmica constituída de elementos químicos reciclados, que foram sintetizados nas estrelas.
O homem é GRANDE, quando olhado a partir da sua própria lente, por causa dos grandes feitos que ele considera ter feito ao longo da história da humanidade, diz o humanista tipicamente ateu.
O homem é pequeno e insignificante, pois não passa de um conjunto de células, moléculas e átomos, diz o reducionismo materialista da cosmovisão de um ateu.
O homem é GRANDE na sua auto-suficiência, pois pode até mesmo criar um significado para a sua própria vida, diz o humanista ateu.
Afinal de contas, o homem é pequeno ou GRANDE, segundo a cosmovisão do ateu?
A falta de coerência da cosmovisão ateísta me fez lembrar um trecho encontrado durante a leitura recente do extraordinário livro “Um Mundo com Significado”, de B. Wiker e J. Witt: “Em meio a seus esforços com respeito às confusões da teoria do flogisto (ou flogístico), Lavoisier fez uma queixa famosa contra os flogistianos, que deve ser citada. É semelhante às queixas de muitos cientistas de boa reputação contra a teoria da seleção natural generalizada como um mecanismo faz-tudo, faz-qualquer-coisa, do darwinismo: ‘Os químicos têm feito do flogisto um princípio vago, não estritamente definido e, por conseguinte, cabível em todas as explicações requeridas. Às vezes, tem peso, às vezes, não tem; às vezes, é fogo livre, às vezes, é fogo combinado com terra; às vezes, passa pelos poros dos vasos, às vezes, não penetra neles. Explica ao mesmo tempo a causticidade e a não-causticidade, transparência e opacidade, cor e ausência de cores. É um verdadeiro Proteus que muda de forma a cada instante.’ [Antoine Lavoisier, citado por William Brock em ‘Norton History’]”.
É importante acrescentar que Proteus é uma deidade marinha criada pela mitologia grega, com o poder de prever o futuro e de se metamorfosear, particularmente quando procurava evitar um humano que se aproximava para saber dele as previsões para o futuro. Além disso, também é interessante deixar claro o fato da teoria do “flogístico” já ter sido considerada incorreta e, portanto descartada pela comunidade científica.
O quê será que exalta e enGRANDEce mais o ser humano?
Será que é o reducionismo da cosmovisão materialista, que considera o ser humano apenas como um conjunto estruturado de células, moléculas e átomos, que sobreviveu à seleção natural e que tem similaridade genética com um símio?
Ou será que é a cosmovisão cristã, que considera o ser humano como mais do que simplesmente um conjunto de células, pois afirma que ele possui corpo e alma, e foi criado como criatura especial (Salmos 8:1-5), feito à imagem e semelhança (Gênesis 1:26-27) de um Criador onipotente, onipresente e onisciente, que também criou todo o universo?
“Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade.
Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador.
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?
Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.”
(Salmos 8:1-5)
Sabe de uma coisa, prezado(a) leitor(a)? Se há algo que tenho aprendido repetidamente na Palavra de Deus, é que ela coloca tudo e todos em uma perspectiva extraordinariamente correta e esclarecedora, mostrando quem é Deus, o Criador, quem somos nós, suas criaturas, e qual a imensurável distância entre o nosso pecado e a sua santidade. Contudo, ao mesmo tempo, a Palavra de Deus também mostra qual a alvissareira proximidade entre o nosso arrependimento e o perdão de Deus, através da fé na graça superabundante da obra redentora e suficiente do Deus Filho, o Senhor Jesus Cristo, obra esta aplicada ao coração dos cristãos através Espírito Santo, em uma obra magnífica da Trindade Bíblica.
A grande lacuna de coerência da cosmovisão materialista e reducionista dos ateus não está apenas em responder, de maneira lógica e satisfatória, à pergunta “Qual o propósito ou o sentido da vida?”. Existem pelo menos mais quatro perguntas fundamentais como esta, que devem constituir e estruturar a cosmovisão de qualquer ser humano, mesmo que ele não tenha uma consciência clara de que possui uma cosmovisão.
Cinco (5) perguntas importantes para qualquer ser humano fazer a si mesmo, buscando por respostas lógicas, honestas e coerentes com a sua cosmovisão:
- Origem: De onde viemos?
- Identidade: Quem somos?
- Propósito: Por que estamos aqui?
- Ética: Como devemos viver?
- Destino: Para onde vamos?
Dependendo da forma com que cada um responde a estas 5 perguntas, isto constitui boa parte das pressuposições básicas da sua cosmovisão, mesmo que o indivíduo não saiba o que é uma cosmovisão e, nem mesmo, que todos possuímos uma.
Vamos tentar ilustrar as 5 respostas comuns para estas perguntas, segundo as cosmovisões ateísta e cristã:
Assisti recentemente a um vídeo na internet, que circulou bastante por mostrar a resposta de um popular astrofísico para uma criança de 6 anos, durante uma palestra, que lhe dirigiu a seguinte pergunta: "Qual o propósito ou o sentido da vida?". Sem dúvida nenhuma, uma pergunta central da teleologia, que vem ocupando as mentes de homens muito brilhantes ao longo dos séculos, e que também pode estar na mente de uma criança de apenas 6 anos de idade. Essencialmente, a resposta do conhecido astrofísico, de acordo com a sua cosmovisão notoriamente humanista, materialista e ateísta, foi que o ser humano não precisa ter necessariamente um propósito externo para a sua vida, mas ele mesmo pode criar, estabelecer ou fabricar o propósito ou o objetivo para a sua própria vida.
O homem é pequeno quando comparado com a imensidão do cosmos, diz um cético astrofísico de cosmovisão materialista e reducionista, tipicamente um ateu. Segundo tal cético, o ser humano não vai muito além de ser uma poeira cósmica constituída de elementos químicos reciclados, que foram sintetizados nas estrelas.
O homem é GRANDE, quando olhado a partir da sua própria lente, por causa dos grandes feitos que ele considera ter feito ao longo da história da humanidade, diz o humanista tipicamente ateu.
O homem é pequeno e insignificante, pois não passa de um conjunto de células, moléculas e átomos, diz o reducionismo materialista da cosmovisão de um ateu.
O homem é GRANDE na sua auto-suficiência, pois pode até mesmo criar um significado para a sua própria vida, diz o humanista ateu.
Afinal de contas, o homem é pequeno ou GRANDE, segundo a cosmovisão do ateu?
A falta de coerência da cosmovisão ateísta me fez lembrar um trecho encontrado durante a leitura recente do extraordinário livro “Um Mundo com Significado”, de B. Wiker e J. Witt: “Em meio a seus esforços com respeito às confusões da teoria do flogisto (ou flogístico), Lavoisier fez uma queixa famosa contra os flogistianos, que deve ser citada. É semelhante às queixas de muitos cientistas de boa reputação contra a teoria da seleção natural generalizada como um mecanismo faz-tudo, faz-qualquer-coisa, do darwinismo: ‘Os químicos têm feito do flogisto um princípio vago, não estritamente definido e, por conseguinte, cabível em todas as explicações requeridas. Às vezes, tem peso, às vezes, não tem; às vezes, é fogo livre, às vezes, é fogo combinado com terra; às vezes, passa pelos poros dos vasos, às vezes, não penetra neles. Explica ao mesmo tempo a causticidade e a não-causticidade, transparência e opacidade, cor e ausência de cores. É um verdadeiro Proteus que muda de forma a cada instante.’ [Antoine Lavoisier, citado por William Brock em ‘Norton History’]”.
É importante acrescentar que Proteus é uma deidade marinha criada pela mitologia grega, com o poder de prever o futuro e de se metamorfosear, particularmente quando procurava evitar um humano que se aproximava para saber dele as previsões para o futuro. Além disso, também é interessante deixar claro o fato da teoria do “flogístico” já ter sido considerada incorreta e, portanto descartada pela comunidade científica.
O quê será que exalta e enGRANDEce mais o ser humano?
Será que é o reducionismo da cosmovisão materialista, que considera o ser humano apenas como um conjunto estruturado de células, moléculas e átomos, que sobreviveu à seleção natural e que tem similaridade genética com um símio?
Ou será que é a cosmovisão cristã, que considera o ser humano como mais do que simplesmente um conjunto de células, pois afirma que ele possui corpo e alma, e foi criado como criatura especial (Salmos 8:1-5), feito à imagem e semelhança (Gênesis 1:26-27) de um Criador onipotente, onipresente e onisciente, que também criou todo o universo?
“Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade.
Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador.
Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites?
Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste.”
(Salmos 8:1-5)
Sabe de uma coisa, prezado(a) leitor(a)? Se há algo que tenho aprendido repetidamente na Palavra de Deus, é que ela coloca tudo e todos em uma perspectiva extraordinariamente correta e esclarecedora, mostrando quem é Deus, o Criador, quem somos nós, suas criaturas, e qual a imensurável distância entre o nosso pecado e a sua santidade. Contudo, ao mesmo tempo, a Palavra de Deus também mostra qual a alvissareira proximidade entre o nosso arrependimento e o perdão de Deus, através da fé na graça superabundante da obra redentora e suficiente do Deus Filho, o Senhor Jesus Cristo, obra esta aplicada ao coração dos cristãos através Espírito Santo, em uma obra magnífica da Trindade Bíblica.
A grande lacuna de coerência da cosmovisão materialista e reducionista dos ateus não está apenas em responder, de maneira lógica e satisfatória, à pergunta “Qual o propósito ou o sentido da vida?”. Existem pelo menos mais quatro perguntas fundamentais como esta, que devem constituir e estruturar a cosmovisão de qualquer ser humano, mesmo que ele não tenha uma consciência clara de que possui uma cosmovisão.
Cinco (5) perguntas importantes para qualquer ser humano fazer a si mesmo, buscando por respostas lógicas, honestas e coerentes com a sua cosmovisão:
- Origem: De onde viemos?
- Identidade: Quem somos?
- Propósito: Por que estamos aqui?
- Ética: Como devemos viver?
- Destino: Para onde vamos?
Dependendo da forma com que cada um responde a estas 5 perguntas, isto constitui boa parte das pressuposições básicas da sua cosmovisão, mesmo que o indivíduo não saiba o que é uma cosmovisão e, nem mesmo, que todos possuímos uma.
Vamos tentar ilustrar as 5 respostas comuns para estas perguntas, segundo as cosmovisões ateísta e cristã:
Pergunta
|
Resposta
ateísta típica
|
Resposta
cristã bíblica
|
Origem
|
Partículas
fundamentais (que surgiram ex nihilo) se organizaram em átomos, que se
organizaram em moléculas, que se organizaram em estruturas bioquímicas, que
se organizaram em células, que se organizaram em seres vivos, que evoluíram e,
um dia, surgiu o homem.
|
O
Criador do universo e de tudo o que nele existe, também criou o homem como
criatura especial (Salmos 8:3-5), criada à imagem e semelhança de Deus (Gênesis
1:26-27).
|
Identidade
|
A identidade
do ser humano é autodefinida. Cada um define o que deseja ser, em um ato soberanamente
volitivo.
|
Deus
nos criou e tem um relacionamento individual com cada uma de suas criaturas. Quem
nos define é quem nos criou (Romanos 9:20-24).
|
Propósito
|
Carpe
diem (frase
de um poema de Horácio), que significa "aproveite o momento", pois
é tudo o que existe. Ou então, o homem é tão auto-suficiente, que pode
fabricar ou definir para si mesmo um propósito para a sua vida.
|
O
propósito supremo e principal do homem é glorificar a Deus e desfrutar dele para
sempre (pergunta 1 do Catecismo Maior de Westminster - CMW, e suas
respectivas referências bíblicas).
|
Ética
|
A ética
é relativa. Cada um define, por conta própria, o que é certo e errado. O que é
certo para uma pessoa, pode ser errado para outra, e vice-versa. Não há
absolutos nem referenciais.
|
Deus
requer do homem a obediência à sua vontade revelada, que pode ser encontrada
de forma resumida nos seus mandamentos (perguntas 91-98 do CMW, e suas
respectivas referências bíblicas).
|
Destino
|
A
morte é a estação final da vida. Depois da morte, o ser humano é desintegrado
em um conjunto de moléculas e átomos, e simplesmente deixa de existir,
obviamente em paralelo com o desaparecimento da consciência da sua
existência.
|
Há
vida após a morte. Os filhos de Deus habitarão com Ele para sempre (Apocalipse
21 e caps. XXXII e XXXIII da Confissão de Fé de Westminster). A breve jornada
de peregrinação do cristão por este mundo atual, muitas vezes com sofrimentos
(Romanos 8:18), não se compara à eternidade com o glorioso Senhor Jesus Cristo,
em toda sua plenitude.
|
O propósito e a esperança que podem ser encontrados nas respostas cristãs e bíblicas para algumas das perguntas mais importantes que um ser humano pode fazer, podem preencher e "fazer sossegar" a alma, o coração e a mente de qualquer filho ou filha de Deus com tal profundidade, que pode fazê-lo(a) salmodiar como Davi:
“[Cântico de romagem. De Davi] SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim.
Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no SENHOR, desde agora e para sempre.” (Salmos 131)
No âmbito destas questões, o ateu é conduzido pela incerteza, enquanto o cristão é conduzido pela certeza. Para o ateu, que acredita que a morte é a "estação final" da vida, a incerteza de não saber quando a sua morte ocorrerá, o faz buscar, muitas vezes, por uma vida comprometida com o hedonismo, cujo lema principal é "carpe diem" ("aproveite o momento"), pois é tudo o que há. Para o verdadeiro cristão, a certeza das promessas e da aliança que o Senhor revelou nas Escrituras Sagradas, justamente com a obra redentora suficiente e eficaz de Jesus Cristo, é o bastante para manter a certeza, por fé, de um mundo vindouro, de uma vida após a morte, onde Ele "lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram" (Apocalipse 21:4).
Rogo ao Senhor que o menino de 6 anos de idade que ouviu a resposta do astrofísico, também tenha a oportunidade de ouvir a resposta cristã para estas perguntas.
A Bíblia fala mais sobre "pequeninos" e "GRANDE":
“Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” (Lucas 10:21, ênfase acrescentada)
“Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus.” [48:1]
“O teu caminho, ó Deus, é de santidade. Que deus é tão grande como o nosso Deus?” [77:13]
“Pois tu és grande e operas maravilhas; só tu és Deus!” [86:10]
“Porque o SENHOR é o Deus supremo e o grande Rei acima de todos os deuses.” [95:3]
“Porque grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível mais que todos os deuses.” [96:4]
“... eu sei que o SENHOR é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses.” [135:5]
“Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável.” [145:3]
“Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir.” [147:5]
[Salmos, ênfases acrescentadas]