Print Friendly and PDF

28 junho 2020

Regando a amizade verdadeira


Alguém já disse oportunamente:
“cada amizade é como uma flor, que precisa ser regada todo dia” 

Podemos reconhecer uma analogia com planta e rega na linguagem paulina do texto bíblico, quando o apóstolo exorta os irmãos na primeira epístola aos Coríntios:

“5 Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um. 6 Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. 7 De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. 8 Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho. 9 Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.” (1Coríntios 3:5-9, ênfases acrescentadas)

E não é irremediavelmente impressionante e de “tirar o fôlego” que, no final das contas, o próprio Senhor Deus Criador transcendente deste universo e de tudo o que nele existe e foi feito (ver João 1:1-3), e que também é o Deus imanente que cuida e sustenta a Sua criação, além de ser o Senhor Redentor eterno do Seu povo eleito e escolhido, define a Si mesmo também como o nosso “amigo”:

“12 O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. 13 Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. 14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. 15 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer. 16 Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. 17 Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.” (João 15:12-17, ênfases acrescentadas)

Peço licença aqui para ecoar as extraordinárias palavras do apóstolo Paulo em 2Coríntios 9:15: “Graças a Deus pelo seu dom inefável!”, ou seja, pelo seu “presente indizível”... Cristo Jesus, nosso Criador, Sustentador, Redentor, Salvador, Senhor, Amigo e “água da vida” (ver João 4:14; Apocalipse 7:17; 21:6; 22:1,17).

Ele, portanto, é o nosso melhor amigo, e também nos fornece a água para regar esta amizade e todas as outras, que Ele também provê como dádivas em nossas vidas! E o Senhor Jesus Cristo não é apenas a água que rega, mas também é a fonte de luz que ilumina nossa amizade com Ele, e também nossas demais amizades verdadeiras Nele, com os raios de luz provenientes da “brilhante Estrela da manhã” (ver Apocalipse 22:16).

Obrigado, Senhor, por Teu senhorio e por Tua amizade amorosa, sincera e sacrificial, ao ponto de interceder por nossos delitos e pecados em um madeiro maldito, a Cruz do Calvário, onde derramastes por nós o Teu sangue carmesim, puro e de valor inestimável!

Talvez possamos dizer que isto nos torna, portanto, de fato os verdadeiros “amigos de sangue” deste Salvador bendito, necessário e suficiente para a nossa justificação e santificação!

No que diz respeito à perspectiva humana, costumo dizer que os bons amigos são presentes de Deus para tornar o nosso caminho para o Céu mais doce e hidratado, conforme regamos adequadamente estas amizades...

Vamos rogar a Deus por sabedoria do alto para saber lidar com amizades “tóxicas”, semelhantes às plantas venenosas, e também com amizades verdadeiras, semelhantes às plantas medicinais, que podem trazer bálsamo em ocasião oportuna. 

Louvado seja o Senhor por todo este aprendizado amistoso, em Cristo!

Soli Deo Gloria