O que pode ser, da alma, uma repentina erupção?
Senão o extravasar sincero de um sufocado coração
Que não aguenta mais suportar a contínua pressão
E, assim, labuta com as palavras, para dar vazão...
Soube que "tapacurá estourou", após a enchente?
Em 21 de julho de 75', saiu da boca de muita gente
Que a barragem havia rompido, era notícia urgente!
Fake news antigo, lembrado até o tempo presente...
Erupção repentina, que rouba, do peregrino, a calma
Cleptomaníaca experiência, que subtrai muito o sono
Sincera angústia presente na abatida e pusilânime alma
Que arrebata, com terror inerente, no pavor do abandono
Enchente, mesmo, vem apenas na torrente da graça...
Que satisfaz a alma abatida, na cama ou na praça...
Rio de água viva (Jo 7:38), que jamais terá fim...
Abundante e intenso fluxo, pintado de carmesim...
Vulcão, lava e sujeira de fuligem, podem fazer parte da erupção:
"Me lava, Senhor, da fuligem do vulcão, que ocupa meu coração!"
"Me leva, Senhor, continuamente para a enchente do teu perdão!"
"Recebe, Senhor, meu sincero arrependimento em singela oração!"
Depois desta "enchente de erupção", só há uma única esperança...
E continua centrada no Eterno, Vivo e Soberano Senhor da bonança...
O mesmo que acalmou a tempestade (Mc 4:35-41) com temperança...
E deixou-nos o testemunho em Sua Palavra, como bendita herança!
Senhor, obrigado por Tua "erupção de graça" e "enchente de misericórdia", renovadas a cada manhã...