Duas palavras
“Jesus chorou”. Estas duas palavras são reconhecidas como o versículo
mais curto das sagradas escrituras, podendo ser encontrado no evangelho do
apóstolo João (11:35). No contexto em que aparece, Jesus está comovido pela
morte de Lázaro, a quem ressuscita, logo em seguida, com a graça de Deus.
É impressionante como duas palavras
tão breves podem nos fazer pensar e atrair a nossa atenção por tão longo espaço
de tempo...
Muitas vezes, temos vergonha de
chorar, provavelmente pelo medo de acreditar que estaríamos revelando nossas
fraquezas e limitações. Até mesmo no choro de alegria, frequentemente temos vergonha
das lágrimas.
Como em cada
dez partes do corpo humano, sete são constituídas por água, parece natural que a
inundação de tristeza ou de alegria transborde em lágrimas derramadas no estado
líquido, lavando a alma.
O choro honesto, sem fingimento ou falsidade, não pode ser interpretado
como sinal de fraqueza, mas sim de franqueza de espírito e coração.
É importante ressaltar também que os mandamentos bíblicos proclamam a
necessidade de amarmos o nosso Senhor, de todo o nosso coração, de toda a nossa
alma e de todo o nosso entendimento. Desta forma, precisa haver um equilíbrio
entre a emoção e a razão. Comedimento e parcimônia são ingredientes importantes
para as lágrimas, que precisam escorrer, mas que também precisam cessar de
escorrer.
Não tenha medo, nem vergonha de chorar.
Tenha ainda menos medo de parar de chorar.
Siga em frente, enxugando as gotas do trasbordamento.
E procure encontrar cada vez mais motivos para lacrimejar de regozijo por
estar honrando e glorificando o santo nome do nosso Senhor Jesus Cristo.