O acaso causa?
O acaso é a causa primária da existência humana?
Por acaso, o acaso nos formou? Por acaso, o acaso é responsável pelo que somos?
Resumidamente falando, se o acaso comandou o arranjo de partículas subatômicas, que culminou no surgimento de átomos e moléculas, e estes, por sua vez, se juntaram ao acaso para estabelecer estruturas bioquímicas e biológicas, o acaso seria o promotor do que somos hoje.
Então, se o acaso nos formou, de onde vem a noção de moralidade, o discernimento entre o bem e o mal? De onde viria este referencial absoluto do bem? De um conjunto de partículas que se arranjou por acaso?
E quanto ao conceito estético do que é belo? Quando ouvimos uma música que toca nosso coração, ou quando observamos uma obra das artes plásticas que desperta nossos sentidos. Ou, ainda, quando lemos uma poesia ou um bom livro, que acalenta a nossa alma. Estas constatações da beleza seria também obra do acaso?
Não é sem motivo que a humanidade experimenta, em ritmo cada vez mais acelerado e profundo, um vácuo de propósito existencial. O acaso não é capaz de explicar o propósito, restando apenas o vazio do sentido no humano. Como já disse o poeta: “Se o acaso é o Pai de toda a carne, o desastre é o arco-íris no céu”.
Não tenho a fé necessária para acreditar que o acaso é a causa primária.
Só tenho fé suficiente para racionalmente crer no Deus Bíblico, Criador soberano e sábio, Pai amoroso que cria e cuida pessoalmente da sua criação.
O físico e teólogo John Polkinghorne resumiu bem estas múltiplas camadas da realidade, falando sobre Deus: “Ele é a origem de toda ligação, aquele cujo ato criador reúne em uma só as visões de mundo da ciência, estética, ética e religião, como expressões de sua lógica, sua alegria, sua vontade e sua presença".
“Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos” (Isaías 64:8).
Graças Te damos, Deus Altíssimo, pela excelente obra das tuas mãos. Glória a Ti!
Louvado seja o Santo Nome do Senhor Jesus Cristo, por permitir o acesso dos vasos de barro ao Oleiro (João 14:6), através da Sua sublime graça e misericórdia, que preenche estes vasos com origem, propósito, sentido e destino (1Tessalonicenses 5:9).