Trecho final da Conclusão:
Se a cruz não se encontra no centro dessas quatro esferas [1], então merecemos que se nos aplique a mais terrível de todas as descrições: "inimigos da cruz de Cristo" (Filipenses 3:18). Sermos inimigos da cruz é nos opormos aos seus propósitos. A justificação própria (em vez de ir à cruz em busca de justificação), a auto-indulgência (em vez de tomar a cruz e seguir a Cristo), o anúncio próprio (em vez de pregar a Cristo crucificado) e a glorificação própria (em vez de nos gloriarmos na cruz) - são essas as distorções que nos tornam "inimigos" da cruz de Cristo.
Paulo, por outro lado, foi um amigo devotado da cruz. Ele se identificou com ela de modo tão íntimo que sofreu perseguição física por ela. "Trago no corpo as marcas de Jesus" (Gálatas 6:17), escreveu ele, as chagas e as cicatrizes que ele recebera ao proclamar o Cristo crucificado, os stigmata [2] que o marcaram como autêntico escravo de Cristo.
Os stigmata de Jesus, no espírito se não no corpo, permanecem como marcas da autenticação para cada discípulo cristão, e em especial para cada testemunha cristã. Campbel Morgan [3] o expressou muito bem:
"Só o homem crucificado pode pregar a cruz. Disse Tomé: 'A menos que eu veja em suas mãos o sinal dos cravos [...] não crerei'. O Dr. Parker, de Londres, disse que o que Tomé disse acerca de Cristo, o mundo hoje está dizendo a respeito da igreja. E o mundo também está dizendo a cada pregador: A menos que eu veja em tuas mãos as marcas dos cravos, não crerei. É verdade. Só o homem [...] que morreu com Cristo [...] pode pregar a cruz de Cristo."