Indicação de livro:
"8 mulheres de fé", Michael Haykin
Particularmente no cap. 6, “Esther Edwards Burr sobre a amizade”, pode ser encontrado um excepcional exemplo de amizade cristã entre Esther Edwards Burr (filha do pr. Jonathan Edwards) e Sarah Prince (filha do pr. Thomas Prince). Segue um pequeno resumo dos principais pontos deste capítulo:
- Nossa cultura não é do tipo que provê grande encorajamento para criar e desenvolver amizades profundas, duradouras e satisfatórias. Tais amizades requerem tempo e sacrifício, e a cultura ocidental do início do século XXI é ocupada; um mundo que, via de regra, está muito mais interessado em receber e ter do que em sacrificar e dar.
- C.S. Lewis (1898-1963), em “Cartas do diabo ao seu aprendiz”, escreve sobre a batalha espiritual do ponto de vista do nosso inimigo, com uma alegre declaração do diabo sênior (Screwtape – “fita adesiva”) ao seu sobrinho (Wormwood – “absinto”): “nos escritos modernos cristãos”, encontram-se “poucos dos avisos antigos sobre as vaidades terrenas, a escolha de amigos e o valor do tempo”.
- Platão (~ 427-347 a.C.) dedicou um livro inteiro (“Lísis”), além de porções substanciais de outros 2 livros (“Fedro” e “O banquete”), à análise do tema “amizade”. Aristóteles (384-322 a.C.) apresentou discussões do tópico “amizade” em 2 de 10 livros (“Ética a Nicômaco”).
- Na Bíblia, encontram-se reflexões sobre “amizade” em Eclesiastes 4:7-12, e exemplos de como deveria ser a amizade (Rute e Noemi, Davi e Jônatas).
***Amizade entre Esther Edwards Burr (1732-1758) e Sarah Prince (1728-1771):
- Esther foi a 3ª filha de Jonathan e Sarah Edwards. Aos 8 anos de idade, ela ouviu a pregação de George Whitefield em Northampton (Massachusetts).
- Aos 20 anos (1752) ela se casou com Aaron Burr (17 anos mais velho), pastor da IP em Newark (Nova Jersey) e presidente da Univ. Princeton. Em seu diário, Esther escreveu sobre seu marido: “Você acha que eu trocaria meu bom sr. Burr por qualquer pessoa, ou coisa, ou por todas as coisas da face da terra? Claro que não! Nem por um milhão de tais mundos em que não exista o sr. Burr”.
- Com as muitas atribuições de seu marido, Esther se sentia “isolada” e faminta pela comunhão das “jovens mulheres com interesses espirituais similares aos dela”.
- Esther manteve sua amizade com Sara Prince, filha de Thomas Prince (pastor da Igreja Old South de Boston e amigo próximo dos Edwards), e elas decidiram escrever diários uma para a outra, tentando incluir um escrito por dia. Nos dias de sábado era uma dificuldade, como registrado por Esther em 05/06/1756: “Tudo uma correria, com tanta roupa para passar, então não consigo tempo para dizer qualquer coisa, a não ser que penso em você se não falo com você”. Em 07/08/1756: “Sábado, ocupada, ocupada – corra, voe, corra”.
- Não deveria ser surpresa alguma que a piedade de Esther fosse bem típica dos Edwards. Seu deleite em ter o pai como mentor espiritual é notório na anotação em seu diário de 19 de setembro de 1756, quando escreveu durante uma visita aos pais, em Stockbridge: “Noite passada, tive certa conversa livre com Meu Pai sobre as grandes coisas que afetam meu interesse – mostrei minhas dificuldades a ele bem livremente e ele também livremente me aconselhou e orientou. A conversa removeu algumas dúvidas angustiantes que muito me desencorajavam em minha batalha cristã. Ele me deu algumas direções excelentes para serem observadas em segredo que tendem a manter a alma próxima de Deus, assim como outras para serem observadas de modo mais público – que misericórdia tenho eu em ter um Pai assim! Que Guia!”
***Amizade como um meio de Graça:
- Esther: “Eu deveria valorizar altamente (assim como você, minha querida) amigas encantadoras como você – amigos com quem se pode desvendar a alma também… Entendo a conversação religiosa como uma das melhores ajudas para se manter a religião na alma, à exceção apenas da devoção secreta, não sei o que é melhor – então que coisa lamentável que isso seja negligenciado pelos próprios filhos de Deus.”
- Esther: “Nada é mais refrescante para a alma (exceto a comunicação com o próprio Deus) do que a companhia e a associação com um amigo – alguém que tenha o espírito de verdadeira amizade e tenha gosto por ela – isso é tornar a alma racional – isso é a semelhança com Deus.”
- Esther: “É um grande consolo para mim, quando meus amigos estão longe, que eu os tenha em algum lugar do mundo, e você, minha querida, é uma delas, e não está entre as menores, pois eu a estimo como uma das melhores e, em alguns aspectos, mais próxima do que qualquer irmã que eu tenha. Não tenho nenhuma irmã para quem eu possa escrever tão livremente quanto para você, a irmã do meu coração. Considere, minha amiga, que coisa rara é encontrar uma amiga como eu tenho em minha Fidelia – Quem não valorizaria e prezaria tal amigo acima do ouro, da honra ou de qualquer outra coisa que o Mundo possa proporcionar?”
- Esther: “Vejo os laços da Amizade como sagrados, e acredito que devem ser uma questão de Oração Solene a Deus (onde exista uma amizade contraída) que ela possa ser preservada. Você pensará que não sou tão indiferente em relação a tudo neste mundo, mas, para dizer a verdade, quando falo de mundo e das coisas que estão no Mundo, não quero dizer amigos, pois a amizade não pertence a este mundo. A verdadeira amizade é, em primeiro lugar, acesa por uma centelha do céu, e o céu jamais irá lamentar que ela parta, mas ela arderá por toda a Eternidade.”
- Esther afirmar sua convicção sobre a vital necessidade de ter amigos cristãos: “É, minha querida, uma grande misericórdia que tenhamos quaisquer amigos – o que seria deste Mundo sem eles? – uma pessoa que considera a si mesma sem amigos deve, entre a maior parte das criaturas, ser miserável nesta vida – esta é a Vida da Vida.”
- C.S. Lewis (1898-1963), em “Cartas do diabo ao seu aprendiz”, escreve sobre a batalha espiritual do ponto de vista do nosso inimigo, com uma alegre declaração do diabo sênior (Screwtape – “fita adesiva”) ao seu sobrinho (Wormwood – “absinto”): “nos escritos modernos cristãos”, encontram-se “poucos dos avisos antigos sobre as vaidades terrenas, a escolha de amigos e o valor do tempo”.
- Platão (~ 427-347 a.C.) dedicou um livro inteiro (“Lísis”), além de porções substanciais de outros 2 livros (“Fedro” e “O banquete”), à análise do tema “amizade”. Aristóteles (384-322 a.C.) apresentou discussões do tópico “amizade” em 2 de 10 livros (“Ética a Nicômaco”).
- Na Bíblia, encontram-se reflexões sobre “amizade” em Eclesiastes 4:7-12, e exemplos de como deveria ser a amizade (Rute e Noemi, Davi e Jônatas).
***Amizade entre Esther Edwards Burr (1732-1758) e Sarah Prince (1728-1771):
- Esther foi a 3ª filha de Jonathan e Sarah Edwards. Aos 8 anos de idade, ela ouviu a pregação de George Whitefield em Northampton (Massachusetts).
- Aos 20 anos (1752) ela se casou com Aaron Burr (17 anos mais velho), pastor da IP em Newark (Nova Jersey) e presidente da Univ. Princeton. Em seu diário, Esther escreveu sobre seu marido: “Você acha que eu trocaria meu bom sr. Burr por qualquer pessoa, ou coisa, ou por todas as coisas da face da terra? Claro que não! Nem por um milhão de tais mundos em que não exista o sr. Burr”.
- Com as muitas atribuições de seu marido, Esther se sentia “isolada” e faminta pela comunhão das “jovens mulheres com interesses espirituais similares aos dela”.
- Esther manteve sua amizade com Sara Prince, filha de Thomas Prince (pastor da Igreja Old South de Boston e amigo próximo dos Edwards), e elas decidiram escrever diários uma para a outra, tentando incluir um escrito por dia. Nos dias de sábado era uma dificuldade, como registrado por Esther em 05/06/1756: “Tudo uma correria, com tanta roupa para passar, então não consigo tempo para dizer qualquer coisa, a não ser que penso em você se não falo com você”. Em 07/08/1756: “Sábado, ocupada, ocupada – corra, voe, corra”.
- Não deveria ser surpresa alguma que a piedade de Esther fosse bem típica dos Edwards. Seu deleite em ter o pai como mentor espiritual é notório na anotação em seu diário de 19 de setembro de 1756, quando escreveu durante uma visita aos pais, em Stockbridge: “Noite passada, tive certa conversa livre com Meu Pai sobre as grandes coisas que afetam meu interesse – mostrei minhas dificuldades a ele bem livremente e ele também livremente me aconselhou e orientou. A conversa removeu algumas dúvidas angustiantes que muito me desencorajavam em minha batalha cristã. Ele me deu algumas direções excelentes para serem observadas em segredo que tendem a manter a alma próxima de Deus, assim como outras para serem observadas de modo mais público – que misericórdia tenho eu em ter um Pai assim! Que Guia!”
***Amizade como um meio de Graça:
- Esther: “Eu deveria valorizar altamente (assim como você, minha querida) amigas encantadoras como você – amigos com quem se pode desvendar a alma também… Entendo a conversação religiosa como uma das melhores ajudas para se manter a religião na alma, à exceção apenas da devoção secreta, não sei o que é melhor – então que coisa lamentável que isso seja negligenciado pelos próprios filhos de Deus.”
- Esther: “Nada é mais refrescante para a alma (exceto a comunicação com o próprio Deus) do que a companhia e a associação com um amigo – alguém que tenha o espírito de verdadeira amizade e tenha gosto por ela – isso é tornar a alma racional – isso é a semelhança com Deus.”
- Esther: “É um grande consolo para mim, quando meus amigos estão longe, que eu os tenha em algum lugar do mundo, e você, minha querida, é uma delas, e não está entre as menores, pois eu a estimo como uma das melhores e, em alguns aspectos, mais próxima do que qualquer irmã que eu tenha. Não tenho nenhuma irmã para quem eu possa escrever tão livremente quanto para você, a irmã do meu coração. Considere, minha amiga, que coisa rara é encontrar uma amiga como eu tenho em minha Fidelia – Quem não valorizaria e prezaria tal amigo acima do ouro, da honra ou de qualquer outra coisa que o Mundo possa proporcionar?”
- Esther: “Vejo os laços da Amizade como sagrados, e acredito que devem ser uma questão de Oração Solene a Deus (onde exista uma amizade contraída) que ela possa ser preservada. Você pensará que não sou tão indiferente em relação a tudo neste mundo, mas, para dizer a verdade, quando falo de mundo e das coisas que estão no Mundo, não quero dizer amigos, pois a amizade não pertence a este mundo. A verdadeira amizade é, em primeiro lugar, acesa por uma centelha do céu, e o céu jamais irá lamentar que ela parta, mas ela arderá por toda a Eternidade.”
- Esther afirmar sua convicção sobre a vital necessidade de ter amigos cristãos: “É, minha querida, uma grande misericórdia que tenhamos quaisquer amigos – o que seria deste Mundo sem eles? – uma pessoa que considera a si mesma sem amigos deve, entre a maior parte das criaturas, ser miserável nesta vida – esta é a Vida da Vida.”