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Tu me amaste antes que eu — inimigo, pecador, verme repugnante — tivesse te amado.
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Amor foi o que te trouxe do céu à terra,
da terra à cruz,
e da cruz ao sepulcro.
Amor foi o que te fez experimentar cansaço, fome, tentação,
te fez desprezado, flagelado, fustigado,
te fez ser cuspido, crucificado e traspassado.
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Permite-me ver o teu amor em toda parte, não somente na cruz,
mas na comunhão dos crentes e no mundo à minha volta.
Ao sentir o calor do sol,
que eu louve àquele que é o Sol da justiça com seu poder curador.
Ao sentir a chuva macia,
que eu possa pensar em como o evangelho rega a minha alma.
Ao andar na margem de um rio,
que eu te louve por aquela corrente que faz a cidade eterna feliz,
e lava minhas vestes para que eu tenha direito à árvore da vida.
Teu amor infinito é o mistério dos mistérios,
e meu eterno descanso está em desfrutar dele eternamente.
[Trechos da oração "AMOR", do livro "O Vale da Visão"]