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14 novembro 2011

Crer, verbo irregular

Neste texto, eu compartilho a minha experiência de fé no cristianismo.

Crer, verbo irregular

                O verbo crer, segundo as normas gramaticais da nossa língua, é irregular. A palavra regular, do latim regularis, quer dizer “que serve de regra”, portanto, irregular poderia ser interpretado como algo do tipo “sem regra definida”. Fica fácil perceber a irregularidade do verbo crer nos seguintes exemplos de conjugação do mesmo: eu creio, tu crês, nós cremos, vós credes, eles crêem, para crer eu, para creres tu, para crerdes vós, para crerem eles, se eu cresse, se tu cresses, se nós crêssemos, se vós crêsseis, se eles cressem. Estes diferentes tempos verbais são úteis para a exemplificação proposta.
Acontece que também são irregulares, ou seja, “sem regra definida”, os caminhos que levam ao substantivo crença. Cada indivíduo experimenta uma jornada diferente na busca pela sua crença ou fé no cristianismo.
Alguns já nascem em lares cristãos, embebidos com a esperança da fé, e aprendem desde cedo a adorar a um Deus pai, todo poderoso, de maneira natural e cotidiana. Outros, não tem o contato com a fé desde o berço, mas se deparam com ela ao longo da vida, novamente, em diferentes formatos, “sem regra definida”.
Contudo, existem sempre aqueles mais céticos, mais resistentes à idéia da crença no Divino Criador e em toda a sua glória e esplendor. E, que fique bem claro, estes céticos não o fazem por mal, na grande maioria das vezes, mas apenas porque são mais questionadores na sua própria natureza humana. Estes curiosos questionadores normalmente precisam ser convencidos pelas evidências históricas, arqueológicas, sociológicas e científicas presentes nas escrituras sagradas do cristianismo. E se tais evidências existirem de verdade ? Então a jornada de encontro e aproximação com Deus começa neste exato momento da descoberta.
Relato aqui o começo da minha jornada, em particular, diante das sólidas e incontestáveis evidências da presença de Deus em nossas vidas e da ressurreição do Seu filho, Jesus Cristo, cordeiro de Deus, que derramou seu sangue na cruz para a redenção da humanidade, a cerca de dois mil anos atrás.
Mesmo tendo recebido uma educação cristã tradicional na infância e juventude, não posso dizer que entendia a magnitude do viver cristão autêntico, naquela época. Minha curiosidade científica acabou me levando pelos caminhos do conhecimento científico formal, particularmente nas ciências exatas. Este caminho me levou a estudar e descobrir os detalhes mais minuciosos da matéria que constitui todas as coisas animadas e inanimadas do universo conhecido. Neste ponto, eu estava bem satisfeito com o conhecimento que eu tinha adquirido do mundo e com a visão científica que sustentava os meus questionamentos em relação às leis da natureza.
A partir daí, me deparei, de maneira inesperada, com inúmeras evidências concretas da presença de Deus e começaram a acontecer várias revelações em minha vida.
A primeira revelação foi exatamente a que relato aqui, que me fez entender toda a minha trajetória e os caminhos que me trouxeram até este ponto da minha vida, onde busco testemunhar agora a minha crença e fé na tríplice aliança bíblica. Esta revelação também me fez perceber a tamanha irregularidade do verbo crer e os curiosos e majestosos mecanismos que Deus possui para aproximar Seus servos do Seu reino e da Sua obra.
Qualquer pessoa com formação científica, principalmente na área de ciências exatas, pode ler este texto e se assustar - sim, se assustar - com os termos que estou usando, a exemplo de: Deus, Senhor, bíblica, fé, ressurreição, cruz, Jesus Cristo. Eu sei disto, pois eu mesmo lia, sem nenhum entusiasmo, estes termos em cerimônias e outras ocasiões em templos religiosos. Mas a infinita sabedoria de Deus nos conduz por caminhos aparentemente tortuosos e inimagináveis, recrutando para os Seus propósitos divinos também estes cristãos mais céticos e questionadores.
Neste ponto, o impacto da presença de Deus em nossas vidas é tão proeminente e difundido que dispara um processo de busca e intensificação da crença ou fé, por caminhos surpreendentes, “sem regra definida”. É, portanto, necessário reconhecer a beleza da irregularidade do verbo crer na vida de cada crente devoto, tendo ele vindo de lares e berços cristãos ou então tendo ele recebido estas revelações por intermédio de outras ferramentas celestiais.
Eu creio.
Tu crês ?
Eles crêem ?