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04 fevereiro 2012

Metonímia paulina

Devemos ter esperança na inequívoca promessa do nosso Senhor.


Metonímia paulina

A metonímia é uma figura de linguagem usada tanto na língua formal quanto na coloquial, onde um termo é aplicado no lugar de outro, desde que haja entre eles uma aproximação por afinidade ou sentido. Um exemplo de metonímia pode ser encontrado na frase “és a minha âncora”, onde o conceito de “segurança” é substituído pela sua representação (“âncora”).
            Na epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo utiliza esta figura de linguagem no versículo 24 do oitavo capítulo: “Pois nessa esperança fomos salvos. Mas, esperança que se vê não é esperança. Quem espera por aquilo que está vendo?”
            Nesta metonímia, a palavra “esperança” está sendo utilizada no lugar daquilo que é esperado. O apóstolo argumenta inteligentemente “Quem espera por aquilo que está vendo ?”, ou seja, se você já estiver vendo aquilo que estava a esperar, então não está mais esperando, mas sim, aquilo já está em sua presença. Esta observação lógica e coerente de Paulo nos faz pensar na questão da esperança e da fé de maneira objetiva e concreta.
            Na continuação do versículo 25, encontramos o texto: “Mas se esperamos o que ainda não vemos, aguardamo-lo pacientemente”. Noutra epístola paulina, aos Hebreus (10:23), está escrito “Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel”. Desta forma, parece que devemos confiar na fidelidade do nosso Senhor, aguardando pacientemente, com base na certeza inequívoca da sua promessa.
E, se fraquejarmos na esperança, podemos contar com a intercessão do próprio Espírito Santo através de seus “gemidos inexprimíveis”, como está escrito no versículo 26 do oitavo capítulo aos Romanos.
Louvado seja Deus pelas primícias do seu Santo Espírito.