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14 abril 2012

Humilhação, iluminação e consolação

Tive o privilégio de ler recentemente um texto muito esclarecedor de J.I. Packer falando sobre o “estudo de Deus”, que consta do livro intitulado “O conhecimento de Deus”.
Neste texto, ele transcreve um sermão de Charles H. Spurgeon, datado de janeiro de 1855, época em que este pregador contabilizava apenas vinte anos de idade.


 “A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que possa prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a pessoa, a obra, as ações e a existência do grande Deus, a quem chama Pai. Nada é melhor para o desenvolvimento da mente que contemplar a divindade. Trata-se de um assunto tão vasto, que todos os nossos pensamentos se perdem em sua imensidão; tão profundo que nosso orgulho desaparece em sua infinitude”. Neste primeiro trecho, Spurgeon destaca como o pensar em Deus é edificante, inclusive, para o desenvolvimento da mente.
Ele sintetiza sua linha de raciocínio, dizendo: “Nenhum tema contemplativo tende a humilhar mais a mente que os pensamentos sobre Deus... Ao mesmo tempo, porém, que este assunto humilha a mente, também a expande”. Spurgeon enfatiza ainda mais a mensagem dizendo: “Nada alargará mais o intelecto, nada expandirá mais a alma do homem que a investigação dedicada, cuidadosa e contínua do grande tema da divindade. Ao mesmo tempo que humilha e expande, este assunto é eminentemente consolador”.
Finalmente, o pregador exorta seus interlocutores, concluindo: “Então, vá, atire-se no mais profundo mar da divindade; perca-se na sua imensidão, e sairá dele completamente descansado, reanimado e revigorado. Não conheço coisa que possa confortar mais a alma, acalmar as ondas da tristeza e da mágoa, pacificar os ventos da provação que a meditação piedosa a respeito da divindade”.
Como um jovem de apenas vinte anos de idade tem esta visão tão clara e profunda sobre tais assuntos ? Quero crer que isto seja possível pela presença transbordante do Santo Espírito de Deus, tornando-o apto para desenvolver tais linhas de raciocínio, de maneira tão límpida, cristalina e edificante.
Sinto que estas palavras perscrutaram minh’alma e despertaram minha mente. Desta forma, procuro compartilhar este conteúdo nesta oportunidade, lembrando que o mérito e a glória sejam voltados para o nosso Senhor, que inspirou e capacitou os autores originais já citados acima.
Deus seja louvado por sua imensa graça e misericórdia, nos concedendo o privilégio de ter acesso a pensamentos e palavras tão elevados e sublimes, alcançados através das mentes e dos corações dos seus servos dedicados.