“christianos”
A
palavra grega “christianos” significa “cristãos”, e aparece três vezes no Novo
Testamento (At 11:26; At 26:28; 1Pe 4:16). Este termo foi cunhado pela primeira
vez em Antioquia (At 11:26), para definir os seguidores ou discípulos de Cristo.
Parece que este termo pode ter surgido entre os cristãos, para se identificarem
entre si, mas também pode ter sido usado pelos antagonistas do cristianismo,
com uma intenção pejorativa.
Independente
do motivo ou da origem, o fato é que este termo é usado até os dias atuais para
definir, da mesma forma, os seguidores de Cristo, independente das diversas religiões
e denominações cristãs espalhadas pelo mundo.
Neste
contexto, a palavra “cristãos” designa aqueles que pertencem ao Senhor Jesus
Cristo, pois foram “comprados por alto preço” (1Co 7:23), com o “precioso
sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1Pe 1:18-19).
Mas
será que apenas um termo ou uma palavra é suficiente para definir o cristão ?
O cristão comprometido com o Evangelho
precisa ser definido também pelo seu próprio testemunho de vida, pelo seu
caráter e pelas suas ações em ambientes cristãos ou não. Desta forma, estarão
engajados na Palavra de Deus e desejosos por exalar o “bom perfume de Cristo”
(2Co 2:14-15).
De maneira aparentemente paradoxal,
mas na verdade, profundamente alinhada com a verdade do Evangelho e coerente
com a atemporalidade de Deus, o que define um cristão não é o seu passado, ou
seja, não é aquilo que ele foi outrora, devido à sua natureza humana decaída
pelo pecado. O que define o cristão atento é o seu futuro e a esperança
depositada na soberania e justiça de Deus, e no Seu magnífico e excelso plano
de salvação, que atingiu um ápice no sacrifício misericordioso e definitivo de
Jesus Cristo, o Deus Filho, na Cruz do Calvário.
Além
da questão atemporal, o que define um cristão é uma verdade localizada alhures,
independente da sua existência, ou seja, um referencial absoluto, que é a
Glória e a Majestade de Deus, reveladas na criação de tudo que é animado e
inanimado no Universo. Apesar deste referencial parecer externo, ele também é
interno, pois depende da fé, que “é o firme fundamento das coisas que se
esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11:1), e que deve estar
presente no coração e na mente do cristão convicto. Portanto, o que pode definir
melhor o cristão é a certeza da fé em Cristo.