Momentâneo atemporal
O quarto capítulo da segunda epístola aos Coríntios traz várias lições
importantes, dentre elas, a questão da temporalidade das provações e da
atemporalidade de Deus.
Nos versículos 8 e 9, está escrito: “Em tudo somos atribulados, mas não
angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados;
abatidos, mas não destruídos” (2Co 4:8-9). A escolha abençoada das palavras por
parte do autor da carta pode ser percebida nestes dois versículos, que resumem
bem como deve ser o comportamento cristão comprometido, autêntico e maduro.
Depois de atingir a maturidade na fé, o cristão pode sofrer tribulações,
mas não deve se angustiar. Ele pode ficar perplexo com notícias ou
acontecimentos, mas não deve se desesperar. Ainda, este cristão pode ser
perseguido, principalmente por professar publicamente sua fé, mas nunca vai
estar desamparado por nosso Pai Criador. Finalmente, os fatos da vida secular
podem abater o cristão atento, mas não destruí-lo, pois ele conta com um escudo
mais do que poderoso, através da unção protetora e revigorante do nosso Senhor
Soberano e Absoluto, no antes, no agora e no porvir.
O versículo 16 do mesmo capítulo completa esta exortação: “Por isso não
desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o
interior, contudo, se renova de dia em dia”.
O capítulo é concluído, nos versículos 17 e 18, enfocando o caráter
passageiro da tribulação e exortando para a importância da vida espiritual
(invisível) em comparação com a vida secular (visível): “Porque a nossa leve e
momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno
peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se
não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são
eternas”.
Graças Te damos, Deus poderoso, pela brevidade das tribulações que
enfrentamos, comparada com a atemporalidade do Teu Reino, da Tua Glória e da
Tua Graça, trazendo refrigério constante para a alma através da presença edificante
do Teu Santo Espírito.
Louvado seja, pelo Teu Amor e pela Tua Plenitude, por toda a eternidade.
Amém.