Quando o “eu fui” vai ser?
Ainda é madrugada... “Antecipo-me ao alvorecer do dia e clamo; na tua palavra, espero confiante” (Salmos 119:147).
Uma pergunta não quer calar na alma: quando o “eu fui” vai ser?
Neste contexto, o “eu fui” está se referindo à “antiga criatura”. Podemos observar as palavras do Apóstolo Paulo: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17). Em outras palavras, quando o cristão, em sua jornada de peregrinação, começa a olhar para trás e perceber que o que ele “tem sido” ou “costuma ser”, pode agora ser chamado de “eu fui”? Quando ele começa a notar que a maioria das antigas marcas e características do seu “antigo eu” podem ser classificadas como “eu fui”, e não mais como “eu ainda sou”?
Os filhos de Deus, com a mente em Cristo, podem se perguntar quando o “velho eu” vai ceder lugar, generosa e abundantemente, à “nova criatura”? Em alguns momentos da jornada cristã, tendo em mente o exemplo excelso e sublime da Pedra Angular (ver Atos 4:11-12), fica nítida a distância ainda existente para seguirmos o exemplo do Nosso Senhor, em plenitude. Apenas pela Graça Soberana de Deus essa distância pode ser diminuída, pois nossos pés somente, por conta própria, não conseguem nos levar até lá.
A “nova criatura” vem como resultado final de um processo contínuo, e não de uma transformação instantânea. O ato redentor do Cordeiro de Deus na cruz foi definitivo e suficiente, mas a transformação dos seus discípulos em “novas criaturas” é um processo de santificação em andamento. O “novo ser”, em Cristo, é obra da Graça do Deus Altíssimo, que nos concede o poder auxiliador do Seu Santo Espírito (ver João 14:25-27).
O testemunho do “novo ser” em Cristo é paulatino, tipicamente com incrementos constantes, embasados em uma perseverança viva. Paulo nos ensina: “prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:14).
“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3:4-7).
Graças Te damos, Deus Vivo, por Teu poder regenerador e renovador. Amém.
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