Segundo
a compreensão atual [i] do modelo padrão da física de partículas, estima-se que
um átomo tenha tipicamente o tamanho na escala de ångströms (10-10
m), enquanto que apenas o núcleo seria cerca de 10.000 vezes menor (10-14
m), um bárion (prótons e nêutrons, por exemplo) teria o tamanho na escala de 10-15
m, e um quark teria uma escala menor do que 10-19 m. Em outras
palavras, existe uma diferença de quase 10 ordens de grandeza (quase 10 bilhões
de vezes) entre o tamanho de um átomo e de uma partícula elementar como um
quark. Para uma comparação mais cognitiva destas dimensões e escalas, podemos
imaginar que se os prótons e nêutrons (bárions) tivessem um tamanho de 10 cm
(na escala de uma régua), então os quarks teriam a dimensão menor do que 0,1 mm,
ou seja, a décima parte da menor divisão (milímetro) de uma régua. Nesta
comparação, o átomo inteiro teria o diâmetro de cerca de 10 km (a distância
típica de um percurso de carro).
Ao
longo da vida cristã, durante a peregrinação neste mundo caído pelo pecado
(incluindo o nosso próprio), muitas vezes nossa fé é abalada, e, nestas
ocasiões, ela parece estar menor do que um quark de um próton, de um núcleo, de
um átomo, de uma molécula, de uma célula, de um tecido de um pequeno grão de
mostarda.
“E
ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo
que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte:
Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível” (Mt
17:20). Esta declaração do Senhor Jesus Cristo provavelmente é a origem
da expressão popular: “fé que remove montanhas”.
Apesar
da pequenez da nossa fé em alguns momentos ao longo desta vida, se ela está
firmada no Senhor Jesus, que é o “Autor e Consumador da fé” (Hb 12:1-3),
ela é uma fé real e concreta, pois esta solidamente depositada no Deus
onisciente, onipresente e onipotente, que é o criador e sustentador de tudo o
que existe, além de ser o salvador daqueles que depositam toda a sua esperança
e fé Nele. Como ensina o apóstolo Paulo: “O justo viverá por fé” (Rm 1:17).
Portanto,
o que importa mesmo não é a insignificante pequenez da nossa minúscula fé, mas
sim a significativa grandeza do nosso Senhor, e a peculiar e extraordinária
dimensão do seu amor e da sua justiça: “...e, assim, habite Cristo no vosso
coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de
poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o
comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede
todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus”
(Ef 3:17-19).
“A alma é a vida do corpo; a fé é a vida da alma; Cristo é a vida da fé” (John Flavel).
Sola fide
Soli Deo Gloria
*Notas:
[i]
“Contemporary Physics Education Project”: www.cpepphysics.org