Jeová Tsidkenu – Senhor, Justiça nossa (Jeremias 23:6)
"Era alheio outrora à graça e à Deus,
Não sabia do perigo nem dos pesos meus;
Amigos falavam, embevecidos, de Cristo no madeiro,
Mas, para mim, Jeová Tsidkenu ainda não era verdadeiro.
Lia com prazer para me entreter ou me livrar da ansiedade,
A exuberância de Isaías, ou de João, a simplicidade;
Mas, nem mesmo ao imaginar de Cristo o sangue carmesim,
Jeová Tsidkenu significava algo para mim.
Como as lágrimas que as filhas de Sião vertiam,
Chorava quando as águas sua alma encobriam;
Não pensava, contudo, em meus pecados cravados no madeiro;
Para mim, Jeová Tsidkenu ainda não era verdadeiro.
Quando a graça generosa despertou-me com a luz do alto,
Fui tomado de temor e de mortal sobressalto;
Nenhum refúgio ou segurança em mim mesmo posso encontrar,
Somente Jeová Tsidkenu pode me salvar.
Diante desse nome nenhum terror pode restar;
Banida a culpa, com ousadia hei de me aproximar
Para beber da fonte viva que jamais terá fim;
Jeová Tsidkenu é tudo para mim.
Meu tesouro e glória eterna, Jeová Tsidkenu!
Jamais me perderei, Jeová Tsidkenu!
Seja nas águas, seja em terra firme, em ti serei vencedor,
Minha corda e âncora, minha armadura e escudo protetor!
Mesmo no vale da sombra da morte,
Lembrar-me-ei desse nome e serei forte;
Pois, quando o Senhor desta vida febril me libertar,
Jeová Tsidkenu serão as últimas palavras que meus lábios hão de pronunciar."
(Robert Murray M'Cheyne, 1834)
O texto foi extraído deste link.
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Para ver o poema original, em inglês, clique aqui.
Uma explicação do poema, traduzida do mesmo link acima, é a seguinte:
Uma explicação do poema, traduzida do mesmo link acima, é a seguinte:
'Nota para os leitores modernos.
A frase "Jeová Tsidkenu" é transliterada do hebraico, a partir de dois versos do livro do profeta Jeremias:
“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa.” (Jeremias 23:5-6)
Isto é cumprido no Novo Testamento, na doutrina da "justificação pela fé", pelo qual indignos pecadores são considerados justos diante de Deus como um dom gratuito a partir da redenção através do sangue de Jesus Cristo, como proclamado no Evangelho. (Veja especialmente Romanos, capítulo 3 versículos 21-26)'