Este livro ("O Deus que se revela") é uma das obras que compõe a chamada "trilogia" fundamental de Francis Schaeffer, junto com "O Deus que intervém" e "A Morte da Razão".
No prefácio escrito por Charles W. Colson, pode-se encontrar o seguinte trecho:
"Schaeffer não era apenas um grande profeta e intelectual, mas também um mestre bondoso e amoroso. Nos encontramos no final dos anos 70, em L'Abri e passei muitas horas com ele nos anos seguintes. Nunca deixei de aprender, nunca deixei de ser inspirado. Num dos momentos mais críticos do meu ministério, procurei o conselho de Schaeffer. Sua resposta foi: 'Não tente fazer tudo. Nem toda necessidade é um chamado'. Essas palavras me libertaram.
Era um conselho que Schaeffer punha em prática. Evitava muitas distrações, esquivando-se cuidadosamente de controvérsias políticas que não contribuiriam para o mundo cristão. Concentrava-se em defender a ortodoxia e a verdade, incentivando a espiritualidade autêntica e levando adiante uma visão cristão da vida como um todo. A mensagem de Schaeffer permanece, seus ensinamentos são tão importantes para esta geração como foram para os hippies e evangélicos dos anos 70.
O livro providencialmente republicado aqui é um verdadeiro clássico. "O Deus que se revela" é a argumentação fundamental de Schaeffer sobre a verdade da revelação bíblica e a compreensão bíblica da vida. É uma competente apologia que oferece uma visão do Cristianismo em contraste com as grandes tendências filosóficas e abordagens da era moderna."
No prefácio escrito por Jerram Barrs, pode-se encontrar os seguintes trechos:
"Francis Schaeffer acreditava, de todo o coração, que o Cristianismo é a verdade sobre o universo em que vivemos. Deus existe lá e não está calado. Deus não é uma ideia de nossa mente ou nossos desejos, projetada sobre a gigantesca tela do céu, uma espécie de super-humano criado para atender às nossas necessidades. Deus não é um pensamento no sistema de um filósofo que não consegui lidar com a falta de respostas para o dilema de nossa existência humana. Não, Deus existe de fato e falou conosco através da Bíblia para nos contar coisas sobre si mesmo, sobre nós mesmos e sobre o mundo. Tornou conhecido para nós aquilo que jamais poderíamos descobrir por conta própria, através de nossos questionamentos e busca.
Deus revelou para nós a verdade sobre o mundo em que vivemos, a verdade sobre a existência humana e a verdade sobre si mesmo. Falou-nos verdadeiramente através de sua Palavra e, portanto, a mensagem da Bíblia é adequada para a natureza da realidade como a experimentamos. Para usar uma imagem podemos dizer que o relato bíblico da vida humana serve como uma luva na mão da realidade."
"Schaeffer costumava dizer: 'Estou mais certo da existência de Deus do que da minha própria existência!' Isso pode parecer estranho ou exagerado, mas ele estava simplesmente reconhecendo o fato de que, se Deus não existisse, então ele não existiria."
"Mas não importava quem eram ou como falavam, Schaeffer tinha profunda compaixão por eles [seus interlocutores]. Tratava-os com respeito, levava suas perguntas a sério (mesmo que já as tivesse ouvido mil vezes) e as respondia com mansidão. Ele sempre orava com essas pessoas e procurava desafiá-las com a verdade. Mas esse desafio nunca era apresentado de forma agressiva. Ele dizia (e mostrava de modo prático para nós): 'Sempre deixe à pessoa um canto para o qual ela possa se retirar com dignidade. Você não está tentando vencer uma discussão ou derrubar alguém. Você está procurando ganhar uma pessoa, alguém feito à imagem de Deus. Não se trata de você vencer, do seu ego. Se essa é sua abordagem, você só vai conseguir mexer com o orgulho dela e tornar ainda mais difícil parra ela ouvir o que você tem a dizer'."
"... Schaeffer dizia, como fala neste livro, que para chegar à verdade, homens e mulheres têm que se curvar diante de Deus três vezes.
- Temos que nos curvar como criaturas, reconhecendo que Deus é Deus e que nós não somos a fonte e origem de nossa própria vida. Pelo contrário, somos dependentes. Nosso coração resiste a essa postura.
- Temos que nos curvar moralmente, reconhecendo que somos pecadores que desobedeceram os mandamentos de Deus e que merecem seu julgamento. Somos dependentes de sua misericórdia através de Jesus Cristo.
- Precisamos nos curvar no âmbito do conhecimento. Deus é a fonte da verdade e nós não. Somos dependentes dele para compreender o mundo e até mesmo nossa própria existência."