Apologia consciente
No texto da primeira epístola de Pedro (1Pe 3:13-15), está escrito: “E
qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem? Mas também, se
padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo
deles, nem vos turbeis; Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e
estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos
pedir a razão da esperança que há em vós”. O apóstolo recomenda estarmos sempre
preparados para responder (apologia),
com mansidão e temor a Deus, para todos que nos indaguem sobre a razão da nossa
fé.
Precisamos estar preparados para responder prontamente, com consciência
e honestidade, aos questionamentos a respeito da fé cristã. Esta preparação não
é fácil, pois requer o exercício da nossa capacidade intelectual, como ressalta
Jesus no evangelho de Mateus (22:37), sobre o primeiro e grande mandamento: “Amarás
o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento”. Este “pensamento” ou “entendimento” (dianoia) representa o exercício do raciocínio, o exercício da
mente.
Desta forma, procure racionalizar a sua fé. É importante se entregar de
coração e alma para Jesus Cristo, nosso Senhor e Redentor, mas parece que ele
também requer que racionalizemos a nossa fé, para estarmos sempre prontos a
responder, com mansidão e honestidade, a qualquer ser humano que tiver
curiosidade ou, até mesmo, que questionar os propósitos da fé cristã que
defendemos apologeticamente.
Como a honestidade é um ingrediente importante neste processo, se você
não se sentir preparado, ainda, para responder a um determinado questionamento,
seja verdadeiro e humilde, reconheça a sua limitação e dedique-se a buscar tal
resposta, para estar apto a respondê-la na próxima vez que tiver oportunidade
de voltar ao assunto.
Porém, se tiver convicção da sua fé e das razões que a solidificam e a
fortalecem no seu âmago, não tenha medo de emitir a sua opinião, expondo de
maneira consciente, honesta e mansa, os princípios fundamentais que norteiam a
sua crença na Santa Trindade Bíblica e nas “boas novas” do evangelho do nosso
Senhor.
E, procure fazer isto com a pureza do coração devoto, com a mansidão do
espírito humilde e com a consciência da mente atenta aos ensinamentos da palavra.
Assim, será possível presenciar a força edificante e auxiliadora do Santo
Espírito de Deus.
Louvado
seja o nosso Senhor.