Inintitulável
Durante
a jornada de busca das razões para o amadurecimento da fé, o cristão
comprometido e atento pode se deparar com situações desafiadoras e inquietantes.
A paz
interior ou quietude da alma, que não costuma ser alcançada facilmente, requer um
esvaziamento consciente da mente eloquente e atribulada, convergindo para uma entrega
de si mesmo à graça do nosso Senhor, através da nossa dependência do Pai
Celestial, sendo Ele magnânimo em amor, justo e poderoso.
Desta
forma, podemos ser capazes de seguir os desígnios e propósitos do nosso Criador
para a existência humana, como fiéis despenseiros da multiforme graça de Deus.
Na
segunda epístola paulina aos coríntios, está escrito no nono versículo do
duodécimo capítulo, que o Senhor disse a Paulo “Minha graça é suficiente para
você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. O apóstolo, então, conclui:
“Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que
o poder de Cristo repouse em mim”. E, ainda, diz no décimo versículo: “Pois, quando
sou fraco é que sou forte”.
Acredita-se
que Paulo fez referência a ele mesmo, em terceira pessoa, nos versículos de 2 a
4 do mesmo capítulo (2Co 12:2-4), dizendo: “Conheço um homem em Cristo que há
catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu ... foi arrebatado ao paraíso e
ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar”.
Glória
ao nosso Deus pela vida e pelo serviço deste apóstolo de Tarso, que se
transformou de Saulo, o perseguidor dos que criam em Jesus Cristo como o messias
ungido, para Paulo, o proclamador das boas novas do evangelho, principalmente
para os gentios, até os confins da terra.
O
texto que não se pode intitular é inintitulável.
O
conteúdo que não se pode dizer é indizível.
A
glória que não se pode imaginar é inimaginável.
Louvado seja o nosso
Senhor.