Exortação dilatada
Na segunda epístola aos coríntios, capítulo sexto, versos de 11 a 13, está
escrito:
“Ó coríntios, a nossa boca está aberta para vós, o nosso coração está
dilatado.
Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios
afetos.
Ora, em recompensa disto, (falo como a filhos) dilatai-vos também vós.”
Paulo, apóstolo e servo de Cristo Jesus, se dirige aos irmãos da Igreja
de Corinto dizendo que suas duras palavras estavam sendo ministradas por amor,
com o coração dilatado e a boca aberta, expressando-se livremente e com afeto
abundante para com eles.
Ele também relata que os irmãos de Corinto estavam limitados por sua
própria capacidade de reciprocidade ao afeto que o apóstolo despendera por
eles.
Por fim, Paulo recomenda que em recompensa pelo seu amor do tipo
paternal, os irmãos também “se dilatem” em exultação ao nosso Senhor, abrindo
seus corações e tornando-se disponíveis para as palavras de exortação e de
cuidado, proferias pelo apóstolo.
Em outro texto paulino, dirigido a Timóteo, a quem o apóstolo chama de
“meu verdadeiro filho na fé” (1Tm 1:2), está escrito: “Mas o fim desta
admoestação é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência, e
de uma fé não fingida” (1Tm 1:5). Neste contexto, as palavras querem dizer que
o objetivo (fim) da instrução (admoestação) da doutrina das “boas novas” do
evangelho é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de
uma fé honesta e comprometida.
O salmista Davi foi quem talvez tenha deixado mais clara a vontade
pujante por um coração à altura de honrar o nosso Pai Criador, quando escreveu
(Sl 51:10) “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito
estável”, rogando a Deus que criasse nele um coração verdadeiramente puro e um
espírito reto e estável, para manter este novo coração preservado na pureza.
Louvado seja o nosso Senhor, que permite a nossa regeneração em novos
homens (Ef 4:22-24), segundo o beneplácito da Sua vontade soberana.
Amém.