"É claramente admitido a dificuldade real em definir onde a reponsabilidade do homem termina e a soberania de Deus começa. Este é sempre o caso em que há uma conjunção do divino e do humano. A verdadeira oração é indicada [ditada] pelo Espírito, mas também é o clamor de um coração humano. As Escrituras são a Palavra inspirada de Deus, mas foram escritas por homens e não máquinas. Cristo é Deus e Homem. Ele é onisciente, mas cresceu em sabedoria (Lc 2:52). Ele é Todo-Poderoso, mas foi 'crucificado em fraqueza' (2Co 13:4). Ele é o Príncipe da vida, mas morreu. Grandes mistérios são esses, mas a fé os recebe sem questionar."
"Negar os decretos divinos seria predicar um mundo e todas as suas preocupações reguladas pelo acaso não planejado ou pelo destino cego. Então, que paz, que segurança, que conforto haveria para nossos pobres corações e mentes? Que refúgio haveria para onde voar na hora da necessidade e da provação? Nenhum. Não haveria nada melhor do que a escuridão e o horror abjeto do ateísmo. Ó meu leitor, quão gratos devemos ser por tudo ser determinado pelo Deus de infinita sabedoria e bondade! Que louvor e gratidão são devidos a Deus por Seus decretos divinos. É por causa deles que 'sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito' (Rm 8:28)."
(Trechos do livro "Os Atributos de Deus", de A.W. Pink, cap. 2: "Os Decretos de Deus")