"A morte por crucificação parece incluir toda essa dor e ser uma morte horrível e assustadora - tonturas, cãibras, sede fome, insônia, febre traumática, tétano, exposição pública à vergonha, tormento duradouro, expectativa de horror, gangrena nos ferimentos não tratados - tudo isso intensificado até o ponto em que esses sofrimentos podem ser suportados, mas todos eles durando bem mais além do ponto de dar ao sofredor o alívio da inconsciência. A posição nada natural tornava cada movimento doloroso; as veias dilaceradas e os tendões esmagados latejavam em angústia incessante; os ferimentos, inflamados por ficarem expostos, gangrenavam gradualmente; as artérias - principalmente as da cabeça e do estômago - tornavam-se inchadas e comprimidas com o excesso de sangue; e enquanto cada variedade da penúria aumentava gradativamente, a angústia de uma sede ardente e intolerável era acrescentada a elas; e todas essas complicações físicas causavam agitação e ansiedade internas, o que fazia com que a expectativa da própria morte - da morte, o terrível inimigo desconhecido, cuja aproximação geralmente estremece os homens - tivesse o aspecto de um alívio delicioso e excelente."
[Trecho do livro "The Life of Christ", de Frederic W. Farrar, extraído do livro "Deus: face a face com sua majestade", de John MacArthur]