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12 maio 2012

Murmuração suficientemente injusta

O Deus eterno é suficiente em tudo, para seus filhos...

Murmuração suficientemente injusta

A murmuração, que surge da insatisfação ou do descontentamento intrínsecos da natureza humana pecaminosa, pode ser precursora da ira de Deus, como está descrito em vários textos bíblicos, particularmente veterotestamentários, a exemplo dos capítulos 11, 14 e 21 do livro de Números. Também podem ser encontradas referências neotestamentárias, exemplificadas no décimo capítulo da primeira epístola de Paulo aos coríntios, onde é relembrada a história da peregrinação do povo de Deus pelo deserto.
Não é incomum o ser humano estar insatisfeito com sua condição ou situação, mesmo que já tenha sido agraciado por nosso Senhor com muitas bênçãos materiais, por exemplo. Esta murmuração injusta, divinamente reprovada, pode levar a consequências desastrosas e, portanto, precisa ser sempre evitada. Muitas vezes não percebemos as bênçãos já recebidas, segundo o beneplácito da vontade soberana do nosso Pai Criador.
Quando a obediência à vontade de Deus é cumprida, com alegria honesta na alma e amor ingênuo no coração puro, a bênção é derramada de maneira extraordinária e contínua, como pode ser observado no começo do capítulo 28 do livro de Deuteronômio.
É importante destacar, neste contexto, a questão da caridade através da “boa obra”, pois a bênção compartilhada é ainda uma bênção mais abundante, segundo a palavra do Senhor: “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra” (2Co 9:8).
Contudo, o exemplo do apóstolo Paulo é sublime e, de acordo com a maturidade espiritual que ele atingiu servindo fielmente aos desígnios do nosso Senhor, ele exorta na carta aos filipenses: “Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4:12-13). Coerentemente, o mesmo apóstolo se dirige ao povo de Corinto, em sua segunda epístola, relatando o que o Senhor lhe dissera: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12:9).
Nosso Deus é suficiente em tudo para nós, provendo o necessário e o pertinente, de acordo com a sua imensa sabedoria e justiça. Pois, “amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). Graças Te damos, Senhor nosso, por Sua misericórdia e benignidade.