Tive o privilégio de ler recentemente um texto muito
esclarecedor de J.I. Packer falando sobre o “estudo de Deus”, que consta do
livro intitulado “O conhecimento de Deus”.
Neste texto, ele transcreve um sermão de Charles H.
Spurgeon, datado de janeiro de 1855, época em que este pregador contabilizava
apenas vinte anos de idade.
“A mais alta
ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que possa
prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a pessoa, a obra,
as ações e a existência do grande Deus, a quem chama Pai. Nada é melhor para o
desenvolvimento da mente que contemplar a divindade. Trata-se de um assunto tão
vasto, que todos os nossos pensamentos se perdem em sua imensidão; tão profundo
que nosso orgulho desaparece em sua infinitude”. Neste primeiro trecho, Spurgeon destaca como o
pensar em Deus é edificante, inclusive, para o desenvolvimento da mente.
Ele sintetiza sua linha de raciocínio, dizendo: “Nenhum tema
contemplativo tende a humilhar mais a mente que os pensamentos sobre Deus... Ao
mesmo tempo, porém, que este assunto humilha
a mente,
também a expande”. Spurgeon enfatiza ainda mais a mensagem dizendo: “Nada
alargará mais o intelecto, nada expandirá mais a alma do homem que a investigação
dedicada, cuidadosa e contínua do grande tema da divindade. Ao mesmo tempo que
humilha e expande, este assunto é eminentemente consolador”.
Finalmente, o pregador exorta seus interlocutores,
concluindo: “Então, vá, atire-se no mais profundo mar da divindade; perca-se na sua
imensidão, e sairá dele completamente descansado, reanimado e revigorado. Não
conheço coisa que possa confortar mais a alma, acalmar as ondas da tristeza e
da mágoa, pacificar os ventos da provação que a meditação piedosa a respeito da
divindade”.
Como um jovem de apenas vinte anos de idade tem esta
visão tão clara e profunda sobre tais assuntos ? Quero crer que isto seja
possível pela presença transbordante do Santo Espírito de Deus, tornando-o apto
para desenvolver tais linhas de raciocínio, de maneira tão límpida, cristalina
e edificante.
Sinto que estas palavras perscrutaram minh’alma e
despertaram minha mente. Desta forma, procuro compartilhar este conteúdo nesta
oportunidade, lembrando que o mérito e a glória sejam voltados para o nosso
Senhor, que inspirou e capacitou os autores originais já citados acima.
Deus seja louvado por sua imensa graça e misericórdia,
nos concedendo o privilégio de ter acesso a pensamentos e palavras tão elevados
e sublimes, alcançados através das mentes e dos corações dos seus servos
dedicados.