Compadecimento paterno - Gratidão filial
Este
texto talvez seja melhor compreendido por quem já tem filhos ou é responsável
direto por algum ser humano dependente, não no sentido jurídico de dependência,
mas principalmente do ponto de vista prático e emocional.
É
uma provação muito difícil para um pai presenciar uma situação de enfermidade
ocorrer com um filho. Um pai zeloso e atento não consegue ficar sem intervir
diante de uma situação maléfica acontecendo com um filho, seja uma enfermidade
grave ou não.
Em
momentos como este, se a fé está fortalecida e aprimorada na dependência e
entrega ao nosso Senhor Jesus Cristo, clamamos para que Ele interceda por nós
junto ao Pai celestial, tendo misericórdia e compaixão de Seus filhos.
Quando
penso nisso, me vem à mente que o nosso Deus Pai se compadeceu do nosso mal, da
enfermidade dos nossos pecados e transgressões, e como Pai zeloso e justo,
traçou Seu grande projeto de redenção, a obra salvífica para os Seus filhos,
como está descrito na primeira epístola do apóstolo João: “Foi assim que Deus
manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para
que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós
tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação
pelos nossos pecados” (1 Jo 4:9-10).
Enquanto
agimos muitas vezes, com nossos filhos, esquecendo-nos de suas transgressões e
nos esquivando de corrigí-los para evitar desgastes emocionais, algumas vezes
por causa do medo de que eles nos amem menos devido a estas correções, nosso
Pai eterno, justo e soberano como é, enviou seu filho unigênito, o Deus Filho,
cordeiro imaculado, para a propiciação dos nossos pecados na cruz do Calvário,
mesmo sem o nosso merecimento como transgressores. E Ele fez isto por puro
amor, sem medo, Se compadecendo de nossa condição humana, pois não podemos
cumprir a expiação dos nossos próprios pecados. Prova maior de amor e cuidado
do que esta não poderia ser dada e precisamos tomar consciência deste fato para
podermos expressar nossa gratidão filial através do esforço para honrar e
glorificar o nome do nosso Senhor, todos os dias de nossa efêmera jornada por
esta vida, que inclusive, é bom lembrar que também foi concedida a nós pelas
mãos do mesmo Deus Criador.
“Dou-te
graças, porque me respondeste e foste a minha salvação” (Sl 118:21).
Honrado
seja o Santo nome do nosso Senhor. Amém.